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O Ambulatório de Dermatologia do Hospital de Clínicas da Unicamp promove no próximo dia 05 de dezembro (sábado), a Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Pele, com objetivo de detectar lesões suspeitas. O horário de atendimento será das 8 às 16 horas, no prédio do CECOM (em frente ao HC) e será aberto ao público em geral. A campanha ocorrerá nos grandes centros de todo o país e consiste em uma oportunidade para a população ser informada sobre o que é o câncer de pele, quais são os riscos e como se prevenir.

Uma equipe de cinco docentes, 10 residentes, alunos da graduação e enfermagem estarão no CECOM realizando uma série de exames de pele para todos que comparecerem ao local. Os médicos também estarão prestando orientações sobre a prevenção e a detecção precoce da doença. Depois de avaliado, caso o paciente apresente alguma lesão suspeita será encaminhado para tratamento no HC.

Segundo a dermatologista e coordenadora da campanha, Renata Ferreira Magalhães, a expectativa é que mais de 1500 pessoas procurem a Unicamp. No ano passado, cerca de 1200 pessoas compareceram à campanha, onde foram diagnosticados aproximadamente 150 tumores, principalmente carcinomas basocelulares, espinocelulares e 11 casos de melanoma. Todos os casos foram tratados e estão em acompanhamento clínico.

Os casos mais comuns encontrados ao longo das campanhas foram tumores basocelulares e lesões causadas pela exposição ao sol. O carcinoma basocelular é o tipo mais freqüente, e representa 70% dos casos. É mais comum após os 40 anos, em pessoas de pele clara. Seu surgimento está diretamente ligado à exposição solar acumulativa durante a vida. Apesar de não causar metástase, pode destruir os tecidos à sua volta, atingindo até cartilagens e ossos.

De acordo com Renata Ferreira Magalhães a maior preocupação dos médicos de todo mundo é com os melanomas – o tipo mais perigoso, com alto potencial de produzir metástase. Pode levar à morte se não houver diagnóstico e tratamento precoce. É mais freqüente em pessoas de pele clara e sensível. “Normalmente, inicia-se com uma pinta escura”, alerta a médica.

Promovida anualmente desde 1999 pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Pele reúne em todo país mais de 1000 dermatologistas voluntários. Todos os anos a média de pacientes avaliados no Brasil é de cerca de 35 mil pessoas, com uma média de 8% de casos diagnosticados de câncer de pele. No Estado de São Paulo, em média, são atendidas 15 mil pessoas, sendo diagnosticados 9% de casos novos de câncer de pele.

Os sinais de risco para o câncer de pele são:

  • pele clara, sardas ou múltiplas pintas;
  • antecedente pessoal de câncer de pele ou casos de câncer de pele na família;
  • exposição freqüente ao sol no trabalho ou no lazer;
  • pintas enegrecidas, que apresentam cores diferentes, coçam ou sangram ou cresceram rapidamente;
  • feridas que não cicatrizam ou lesões secas e ásperas na pele exposta.

Todos os exames são registrados em um protocolo de atendimento, que permitem o Ambulatório de Dermatologia e a SBD desenvolver estatísticas confiáveis sobre o perfil e as características dos brasileiros que poderiam desenvolver – ou não – o câncer da pele. As pessoas examinadas recebem um panfleto com diversas orientações sobre exposição solar, além de um boné ou uma camiseta da Campanha.

Caius Lucilius
Assessoria de Imprensa do HC Unicamp

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