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O HC da Unicamp colocou em funcionamento um novo equipamento para medicina nuclear, denominado câmara de cintilação, também conhecido como gama-câmara. Com o novo equipamento, avaliado em R$ 500 mil, a medicina nuclear do HC passa a dispor de três aparelhos de gama-câmaras para atendimento de pacientes que necessitam de diagnóstico com imagens funcionais de diferentes tecidos, permitindo a detecção de disfunções orgânicas. O novo gama-câmara foi adquirido com recursos da Secretaria de Estado da Saúde.

Segundo o diretor do Serviço de Medicina Nuclear do HC, professor Celso Darío Ramos, o aparelho é utilizado em múltiplas especialidades. Algumas das doenças diagnosticadas pela câmara são: cardíacas, como a isquemia miocárdica; doenças cerebrais, como demências e epilepsia; oncológicas, como metástases ósseas, lesões hepáticas e câncer de tireóide; doenças ortopédicas, como por exemplo, infecções ósseas; e ainda hipertireoidismo, obstruções e cicatrizes dos rins, refluxo gastroesofágico e sangramento intestinal.

O exame realizado pela gama-câmara permite a visualização da localização de diversos órgãos após a administração em baixas doses de um radiofármaco ao paciente. O estado funcional, a distribuição e o grau de concentração do elemento radioativo nos diversos órgãos são avaliados por meio de imagens que auxiliam no diagnóstico da doença. “Os pacientes são beneficiados com um equipamento que conta com um software moderno, facilitando e agilizando o diagnóstico”, esclarece Ramos. O novo equipamento está funcionando com as outras duas gama-câmaras, que realizam em média 600 procedimentos por mês, metade deles originadas pelo aparelho recente.

Os equipamentos de gama-câmara começaram por ser desenvolvidos por Hal Anger, em 1957, e consistiam num disco de iodeto de sódio de grande diâmetro, associado a uma série de fotomultiplicadores. Com a introdução, em 1964, do tecnécio-99m (Tc-99m) a gama-câmara rapidamente se tornou no instrumento de imagem mais utilizado em Medicina Nuclear. Nos anos 60, surgiu uma versão tomo gráfica da gama-câmara. A interface da gama-câmara com os computadores surgiu nos anos 70 e evoluiu nos últimos quinze anos, para dar origem à gama-câmara digital, hoje presente em hospitais modernos, como o HC da Unicamp.

Caius Lucilius e Yasmine de Souza
Assessoria de Imprensa do HC Unicamp

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