Conteúdo principal Menu principal Rodapé

A Campanha Nacional da Voz será comemorada nesta quinta e sexta-feira (14/15-04) no HC/Unicamp sob a coordenação da disciplina de Otorrinolaringologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (FCM). Com o tema “Cuide da sua voz”, a campanha é promovida em todo país pela Academia Brasileira de Laringologia e Voz. O HC vai oferecer atendimento médico especializado à população e para a comunidade interna da Unicamp (professores, alunos e funcionários) com o objetivo de orientar as pessoas em relação aos problemas de voz que podem interferir na qualidade de vida, nas relações de trabalho e na sobrevivência. Neste ano, a campanha conta com o apoio da cantora Daniela Mercury.

O Dia Mundial da Voz é comemorado no dia 16 de abril desde 2003, graças a Campanha da Voz, um iniciativa brasileira que conquistou o mundo. A Unicamp participou da criação da campanha e coordenou a Campanha Nacional da Voz nos anos 2001 e 2002, alcançando nestes anos sua maior extensão no país. Os participantes da campanha, com diagnóstico de câncer inicial de laringe, serão agendados e tratados no HC.

Segundo o professor Agrício Crespo, chefe da Disciplina de Otorrinolaringologia, da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, o uso inadequado e abusivo é, em geral, a principal causa dos problemas da voz. O fumo é outro grande vilão, responsável por 97% dos casos de câncer de laringe. Assim como qualquer estrutura de nosso corpo, as cordas vocais – responsáveis pela vibração que produz a voz – ficam sobrecarregadas quando são muito exigidas. “Por isso, as pessoas mais afetadas por problemas de voz são os profissionais que dependem dela para trabalhar, como os professores, cantores, atores, jornalistas, operadores de telemarketing, recepcionistas por exemplo”, destaca Crespo.

Segundo Agrício Crespo alguns sintomas podem ser indicativos de que algo não vai bem. Rouquidão persistente por mais de duas semanas, pigarros, dores constantes de garganta, sensação de incômodo ao engolir alimentos e perda da voz são alguns dos sinais que servem de alerta. Laringites ou o surgimento de pequenos cistos, ou ainda de nódulos ou pólipos são alguns dos problemas mais comuns que podem causar distúrbios vocais.

O docente da FCM esclarece que apesar de apresentar um significativo aumento no nível de consciência das pessoas sobre os problemas relacionados à voz, o Brasil ainda está entre os países que têm as maiores incidências de câncer de laringe. São diagnosticados cerca de 15 mil casos por ano, mais da metade deles fatais. Para a Academia Brasileira de Laringologia e Voz o número de mortes poderia ser menor se as pessoas prestassem mais atenção nas alterações da voz e procurassem avaliação médica nas fases iniciais do problema, o que aumentaria as chances de cura. “Quem fica rouco sem melhora por mais de quinze dias deve procurar um especialista”, alerta o otorrinolaringologista.

O câncer de laringe é mais freqüente na população masculina e, quando diagnosticado precocemente, possibilita taxa de cura acima de 90% através de métodos conservadores. A disciplina de Otorrinolaringologia da Unicamp é pioneira nacional no tratamento endoscópico do câncer de laringe em instituições públicas e o serviço esta disponível à comunidade.

Algumas dicas para cuidar da voz são: beber mais de 8 copos de água por dia, procurar atendimento especializado se usar a voz na profissão, só usar pastilhas, sprays ou medicamentos indicados por médicos e evitar soluções caseiras. O cigarro, àlcool, drogas e poluição em excesso, assim como tossir, gritar muito, pigarrear, cantar ou gritar quando estiver gripado, falar em locais barulhentos, sofrer mudanças bruscas de temperatura ou a permanência em ambientes com muita poeira, mofo, cheiros fortes, especialmente se for alérgico podem contribuir para o desenvolvimento de doenças relacionadas a voz.

A disciplina de Otorrinolaringologia participa da campanha desde o início, e coordenou nacionalmente as campanhas dos anos 2001 e 2002, quando foi alcançada a maior extensão nacional. A idéia genuinamente brasileira, ganhou o mundo com a realização de ações integradas em países como EUA, Eha, Portugal, Bélgica, Suíça, Itália, Argentina, Chile, Venezuela, Panamá e Brasil. Cerca de 3 mil profissionais, entre otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos, devem participar ativamente da campanha neste ano.

Caius Lucilius com Yasmine de Souza
Assessoria de Imprensa do HC Unicamp

Ir para o topo