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Para registrar o Dia Internacional da Tireóide, acontece nesta quarta (25/05) das 14h às 16h, no anfiteatro do Hospital das Clínicas da Unicamp, uma palestra aberta ao público sobre as doenças que afetam a glândula tireoide, discorrendo sobre os principais sintomas e maneiras de diagnosticar o hipotireoidismo, hipertireoidismo e câncer de tireoide. A palestra será ministrada pela professora Laura Sterian Ward, diretora departamento de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e presidente do departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

Considerada uma doença silenciosa, estima-se que aproximadamente 300 milhões de pessoas sofram de disfunções da tireoide no mundo, destas mais de 50% desconhecem esta condição.No HC, cerca de 120 pessoas são atendidas por semana nos três ambulatórios voltados para o tratamento de doenças da tireóide. Só no ambulatório de câncer de tireóide são mais de 150 atendimentos por mês, sendo que 7% são casos novos de câncer. Após a palestra, a chefe do ambulatório de Nódulos da disciplina Endocrinologia do HC Lígia Assumpção e o médico Alfio Tincani do ambulatório de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do HC, juntamente com a palestrante ficarão a disposição do público para responder perguntas.

O dia 25 de maio foi adotado como o Dia Internacional da Tireoide e desde 2009, a Federação Internacional de Tireoide, em parceria com organizações de pacientes, desenvolvem campanhas educacionais em todo mundo durante a “Semana Internacional de Conscientização sobre a Tireoide” (23/05 à 27/05). Segundo Laura, no Brasil, o Departamento de Tireoide da SBEM promove uma série de ações educacionais em todo território nacional, destinadas a profissionais da saúde e ao público geral que tem como objetivo a conscientização sobre a importância da glândula tireoide e seus distúrbios.

Diante do recente acidente nuclear em Fukushima no Japão, considerado grave, com grande liberação de material radioativo com enorme impacto ambiental e na saúde, a palestrante aproveitará a oportunidade para falar sobre a radiação ionizante, principal causa de câncer de tireoide.

A tireoide esta localizada na região anterior do pescoço e tem forma de borboleta. Os hormônios tireoidianos (T4 e T3) são responsáveis pela regulação do metabolismo, ou seja, por todo o trabalho celular do organismo. O hipotireoidismo e o hipertireoidismo podem causar uma séria de sinais e manifestações clínicas que afetam a qualidade de vida dos pacientes. Para Laura os sintomas podem ser leves ou inespecíficos, por isso o diagnóstico torna-se muitas vezes difícil.

Os sintomas: fadiga, intolerância ao frio, desânimo, pele seca, ganho de peso ou contrários como, perda de peso, pele úmida, agitação, podem estar indicando alterações na tireóide, mas o único exame capaz de diagnosticar com certeza as disfunções da tireoide é o exame de TSH, que avalia os níveis do hormônio estimulador da tireoide. O teste é simples, de baixo custo e disponível pelo SUS.

Em idosos a incidência das doenças aumenta conforme a idade, já nas mulheres a chance de desenvolver as doenças é de três a cinco vezes maior do que nos homens. “Um estudo realizado em Bauru, interior de São Paulo, no ano passado, estudou 1.110 pessoas de ambos os sexos e constatou que 9,9% apresentavam níveis elevados de TSH, sendo que nas mulheres este número aumentava para 11,1%” afirma Laura.

Em 2010, nos Estados Unidos, as doenças autoimunes da tireóide apresentaram de dois a quatro casos novos a cada 100 habitantes. Nos últimos dez anos este número vem aumentando gradativamente em todo o mundo. Já o câncer de tireóide apresentou 44.670 novos casos, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer dos EUA. No Brasil, dados do INCA afirmam que a doença é 5º maior incidência de câncer em mulheres.

Palestra sobre tireóide

Dia: 25 de maio de 2011
Horário: 14h
Local: Anfiteatro do Hospital de Clínicas da Unicamp

Caius Lucilius com Yasmine de Souza
Assessoria de Imprensa do HC Unicamp

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