No Dia Mundial sem Tabaco – 31 de maio, a comissão do Hospital de Clínicas da Unicamp, HC 100% Livre de Tabaco, alerta para os perigos do tabagismo. A comissão preocupa-se com a saúde dos funcionários e pessoas que transitam pelo hospital como pacientes, acompanhantes e visitantes, tentando impedir que estes indivíduos sejam expostos a fumaça, chamados de fumantes passivos. “A recente ação do grupo foi a afixação interna e externa de placas que alertam para a lei estadual antifumo, que proíbe o ato de fumar nas áreas interna, áreas cobertas e adjacências às recepções, janelas, áreas de espera para ambulâncias e Unidade de Emergência Referenciada”, explica Antonio Alberto Ravagnani, Relações Públicas do HC e membro da comissão.
Instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1987, o Dia Mundial sem Tabaco deste ano foi destinado a destacar a importância global da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT) e a grande preocupação de se fazer cumprir as suas determinações. A Convenção-Quadro é instrumento legal, que entrou em vigor em 2005, sob forma de um tratado internacional, no qual os países signatários (Estados Partes) concordam em empreender esforços para alcançar objetivos definidos previamente. O principal objetivo da CQCT é preservar as gerações, presentes e futuras, das devastadoras conseqüências sanitárias, sociais, ambientais e econômicas do consumo e da exposição à fumaça do tabaco.
O tabagismo causa cerca de 50 doenças, entre elas hipertensão, câncer de pulmão, câncer de boca além de doenças respiratórias. Segundo a OMS, um terço da população mundial adulta, ou seja, um bilhão e 200 milhões de pessoas são fumantes. Considerado a principal causa de morte evitável em todo o mundo, o tabagismo mata 10 mil pessoas por dia em todo o mundo.Pesquisas comprovam que aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população feminina no mundo fumam. Se esses números forem mantidos, a OMS prevê que em 2030 o número de mortes por dia relacionadas ao tabagismo chegue a 10 milhões, sendo metade delas em indivíduos em idade produtiva (entre 35 e 69 anos).
Segundo a enfermeira do ambulatório de psiquiatria e membro do HC 100%Livre de Tabaco Celina Matiko Hori Higa, além das ações da comissão para adequar os ambientes e sinalizar por meio de placas os locais inadequados ao fumo, o HC possui um ambulatório de Substâncias Psicoativas, ASPA-Tabagismo. “Queremos lembrar que os fumantes que desejam para de fumar podem nos procurar no ambulatório”, afirma Celina. Uma equipe multiprofissional, composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, terapeuta ocupacional e dentista, trabalha com abordagens intensivas aos fumantes, informando e esclarecendo riscos relacionados à dependência da nicotina, realiza grupo motivacional, triagem médica e não-médica e grupo terapêutico. O grupo motivacional do ASPA-Tabagismo acontece às quartas-feiras, das 9h30 às 10h45, no ambulatório de Psiquiatria do HC. Para mais informações: (19) 35217514.
Caius Lucilius com Yasmine de Souza
Assessoria de Imprensa do HC Unicamp