Giovanni Guido Cerri, secretário de Estado da Saúde de São Paulo, esteve nesta sexta-feira (22) no Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp. O secretário visitou as enfermarias de adultos, urgências, cardiologia, hematologia e os oito leitos, ampliados recentemente, da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O secretário também conheceu Centro de Dispensação de Medicação de Alto Custo – CEDEMAC e o Banco de Células Tronco do Hemocentro, instalado dentro do HC. Cerri aproveitou a visita para inaugurar os novos aparelhos de ressonância magnética e SPECT/CT da medicina nuclear do Hospital. Os equipamentos foram adquiridos pela Universidade e totalizam investimentos de aproximadamente R$ 3 milhões. Com estes dois equipamentos, são previstos 800 examesde imagens por mês no HC.
“Nós temos recebido uma atenção especial da Secretaria de Estado de Saúde na reforma do hospital e na compra e instalação de equipamentos. Isto culminou há alguns meses na abertura de 40 novos leitos. Entregamos no mês passado mais um pedido para 20 leitos de enfermaria e seis para a UTI. No final do ano, vamos solicitar mais 20 leitos para a cardiologia”, revelou o superintendente do HC, Manoel Barros Bertolo que articulou a vinda do secretária para a Unicamp.
O diretor da FCM, Mario José Abadalla Saad, disse que no exterior a Unicamp é reconhecida pela pesquisa que faz, mas, para seis milhões de pessoas que vivem na região metropolitana de Campinas, a Unicamp é um símbolo que representa uma assistência médica gratuita e de qualidade. “Em função desse complexo de atividades, as pessoas precisam ter sensibilidade para entender o sistema de saúde. E pilar do sistema de saúde no Brasil deve ser o hospital universitário”, disse Saad.
O secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Giovanni Guido Cerri, concorda que os hospitais universitários são a coluna dorsal da assistência, recursos humanos e pesquisa do Estado. Até alguns anos atrás, disse Cerri, os hospitais universitários tinham uma visão desvinculada das políticas públicas e hoje eles estão voltados para a medicina pública. “Nós temos projetos de investimentos para os hospitais universitários para os próximos três anos. Iremos recuperar estes hospitais em suas estruturas, equipamentos e necessidades. Este é um projeto prioritário da Secretaria de Saúde e o grande beneficiário é a população do Estado”, revelou Cerri.
O reitor da Unicamp, Fernando Ferreira Costa, destacou o trabalho de Cerri à frente da Secretaria de Estado da Saúde, observando que o secretário compreende o papel do hospital universitário. Fernando Costa disse, ainda, que a Universidade tem feito o maior investimento possível em todas as áreas da Unicamp. Somente este ano serão aplicados R$ 200 milhões em infraestutura, relatou o reitor. “Apesar dos problemas, o HC realiza procedimentos de alta complexidade na região, como transplante de fígado, coração, rim e medula”, disse Costa.
Além do reitor da Unicamp, Fernando Ferreira Costa; do diretor da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), Mario José Abdalla Saad e do superintendente do HC, Manoel Barros Bertolo, a visita e a inauguração foram acompanhadas pelos pró-reitores de Desenvolvimento Universitário da Unicamp, Paulo Eduardo Moreira Rodrigues da Silva e de Pesquisa, pelo secretário adjunto da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, José Manoel de Camargo Teixeira; pelo assessor para assuntos de hospitais de ensino da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, Olímpio Bittar, docentes e funcionários da Unicamp.
Equipamentos
O novo aparelho de ressonância magnética 1,5T (Tesla) – modelo Achieva Pulsar, vai realizar cerca 25 exames/dia, principalmente muscolo-esqueléticos. O novo equipamento, importado da Holanda, substituiu uma máquina em operação desde 1997 e será usado conjuntamente com outra ressonância de 3.0T (Tesla), também empregada para exames do sistema nervoso central e pesquisas em neuroimagem. As duas máquinas possuem interfase para o sistema PACS de gerenciamento de imagens digitalizadas.
A nova máquina de ressonância magnética é dotada de uma plataforma avançada que apresenta resultados diagnósticos rápidos e de alta qualidade. Outra característica da nova ressonância é que a plataforma permitirá ao HC, no futuro, fazer uma transição econômica para 3.0T com tempo de inatividade e custo mínimos. A moderna máquina possui um campo magnético menor do que a anterior e possibilitará uma oferta maior de exames músculo-esquelético, abdômen e sistema nervoso central, devido à tecnologia de última geração de bobinas e softwares.
O novo SPECT (Single Photon Emission Computed Tomography) é o último equipamento de três que foram substituídos nos últimos 18 meses pela Medicina Nuclear do HC. A máquina foi importada e custou R$ 1,2 milhão e vai realizar uma média de 15 exames/dia. O equipamento antigo não possuía a tomografia computadoriza (CT) incorporada. O novo SPECT/CT gera imagens com maior detalhamento das lesões em imagens 3D e permite aos médicos diagnósticos mais rápidos e precisos. O SPECT/CT faz a tomografia funcional e anatômica dos órgãos do corpo a partir da emissão de raios gama.
O equipamento realiza exames de todo o corpo e atende as principais especialidades médicas como neurologia, neurocirurgia, ortopedia, reumatologia, clínica médica, oftalmologia, otorrinolaringologia entre outras. Com estes dois equipamentos, são previstos a realização de 800 exames radiológicos por mês no HC.
Caius Lucilius com Edimilson Montalti
Assessoria de Imprensa do HC Unicamp