Começa nesta segunda-feira (24-10) e vai até sexta-feira, uma campanha de conscientização sobre a psoríase. Um dos sintomas mais comuns da doença é o surgimento de lesões róseas ou avermelhadas, cobertas por escamas esbranquiçadas em cotovelos, joelhos, couro cabeludo, palmas das mãos, planta dos pés e unhas. Durante a campanha serão distribuídos folders com objetivo de combater o preconceito em relação à doença, que não é contagiosa e tem tratamento.
Segundo a coordenadora do ambulatório de psoríase do HC, Renata Magalhães, a campanha no hospital é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Para prevenção, diz, a SBD recomenda à adoção de hábitos saudáveis, alimentação balanceada, exposição ao sol com moderação, sempre usando filtro solar e combate ao estresse. “A falta de informações sobre a natureza da doença e o receio de que seja transmissível, muitas vezes leva a comportamentos preconceituosos em relação aos pacientes”, alerta Magalhães.
A psoríase é uma doença imuneinflamatória crônica da pele que afeta aproximadamente 3% da população mundial. É bastante frequente entre homens e mulheres, principalmente na faixa etária entre 20 e 40 anos, podendo também ser diagnosticada em outras fases da vida. Até hoje não se sabem os motivos causadores da doença, mas pesquisas científicas demonstram que, em 30% dos casos, o fator genético está envolvido. No entanto, estresse emocional, traumas ou irritações na pele, infecções na garganta, baixa umidade do ar ou alguns medicamentos podem aumentar ou iniciar a doença.
O diagnóstico é feito através de exame clínico e quando necessário, é feita uma biópsia. Ressaltando a importância da consulta a um dermatologista, pois os sintomas são similares a outras doenças de pele e um diagnóstico errado pode piorar as lesões. A médica Renata Magalhães explica que há diferentes tipos de tratamento, definidos pelo dermatologista a partir do diagnóstico da doença. “Nos casos mais leves, são usados pomadas, loções e géis. Em outros, o médico pode indicar sessões de fototerapia e medicamentos de uso oral”, esclarece a médica da Unicamp.
Caius Lucilius
Assessoria de Imprensa do HC Unicamp