O reitor da Unicamp, Fernando Costa, percorreu por longo tempo os corredores do Hospital de Clínicas (HC), conversando com médicos, enfermeiros, alunos residentes e funcionários de apoio sobre as novas condições de trabalho propiciadas por um investimento de R$ 1,8 milhão destinado pela administração central ao hospital. Acompanhado dos professores Mário Saad, diretor da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), e Manoel Bértolo, superintendente do HC, o reitor participou em seguida da entrega oficial de 233 consultórios climatizados na Divisão de Ambulatórios e das áreas reformadas da urgência da Oftalmologia e do descanso médico.
“São melhorias importantes porque dão continuidade aos investimentos em infraestrutura feitos pela Universidade. A climatização dos ambulatórios era esperada desde que o HC foi inaugurado”, lembrou Fernando Costa. “Todos sabemos que é preciso um volume imenso de recursos para recuperar e atualizar a infraestrutura de um hospital público universitário desta qualidade, considerado o melhor do interior do Estado de São Paulo. Há vários exemplos do esforço da administração central em conseguir recursos, como as reformas do Laboratório de Patologia Clínica e da Coleta, e também o Centro Cirúrgico que está em fase de lançamento da licitação.”
A climatização da área ambulatorial levou seis meses para ser concluída. Ali é atendida uma média de 2,5 mil pacientes e realizadas, mensalmente, aproximadamente 40 mil consultas e procedimentos. São oferecidas 45 especialidades, divididas em cerca de 500 ambulatórios para atendimento médico e multiprofissional, envolvendo enfermeiras, nutricionistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais e dentistas, entre outros. Nos ambulatórios atuam perto de 1.000 pessoas entre docentes, médicos assistentes, médicos residentes, alunos de medicina e de enfermagem, enfermeiros e profissionais administrativos e de apoio.
“Foram colocados aparelhos de ar-condicionado em todas as salas utilizadas para assistência aos pacientes, o que traz um benefício muito grande. A qualidade do atendimento melhora muito, é importante ter um ambiente adequado para isso”, observou o professor João Batista de Miranda, coordenador de Administração do HC. “Agora em março, estamos finalizando a reforma na Broncoscopia, adequando o preparo dos instrumentos para a especialidade, e serão beneficiadas outras áreas de atendimento, como de medicina nuclear.”
Na área de urgência da Oftalmologia do HC foi realizada uma readequação de fluxo, pintura e climatização. A área foi inaugurada em 1992 para atender a casos graves como descolamento de retina, retinopatia diabética, queimaduras químicas e elétricas, úlcera de córnea, glaucoma agudo, perfuração ocular e demais traumas oculares. No local são atendidos cerca de 1.200 pacientes por mês. “Aqui na Oftalmologia há 16 anos e as condições melhoraram muito, com adequação da área física, pintura e climatização. Tudo isso vai favorecer tanto pacientes como funcionários e médicos, além de melhorar nossa autoestima e motivação”, afirmou a enfermeira Ana Paula Araújo.
Já na área do descanso médico – de 282 m2 e com sete quartos e beliches para acomodar 90 profissionais plantonistas – foi realizada a troca do piso, substituição do sistema de ar-condicionado, pintura geral e reformas hidráulicas e de esgoto. “Estamos trabalhando muito desde o ano passado, indo duas ou três vezes por mês à Reitoria, que viu a necessidade de investir nesses e em outros locais por onde vamos passar. São investimentos para a comunidade do hospital e também para que os alunos façam um treinamento adequado. Melhorou muito e vai melhorar ainda mais”, promete o superintendente Manoel Bértolo.
Mario Saad, diretor FCM, ressaltou que o investimento em um hospital público de ensino oferece um retorno triplo. “Ele traz melhor qualidade de atendimento à população, mais conforto para funcionários, médicos e alunos, e também melhora o nível das nossas pesquisas.” Maria Aparecida Pontes Jorge, diretora do Núcleo de Ambulatórios, agradeceu principalmente os colaboradores do HC – médicos, enfermeiros e profissionais administrativos. “Sem eles, não conseguiríamos. Foi um processo muito difícil, que exigiu reagendamento de consultas e outras medidas, mas que ocorreu sem conflitos.”
Luiz Sugimoto
ASCOM