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No dia 26 a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) realizou a campanha nacional de conscientização a respeito da Hipertensão Arterial com o apoio da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Nefrologia e o Ministério da Saúde. O tema desse ano é “Família Menos Pressão”, enfatizando a influência que o ambiente familiar tem sobre os hábitos alimentares e físicos das pessoas.

A campanha busca incentivar a prática de hábitos saudáveis por toda a família, ao mesmo tempo em que alerta para os riscos da hipertensão, uma doença silenciosa que afeta órgãos vitais e deve ser prevenida desde cedo. Segundo a SBH, cerca de 30% da população brasileira em idade adulta sofre com a doença. Esse índice sobe para 50% na população idosa e nas crianças e adolescentes pode chegar a 5%. A pressão alta é ainda responsável por 40% dos infartos, 80% dos AVCs (acidente vascular cerebral) e 25% dos casos de insuficiência renal terminal.

Popularmente conhecida como ‘pressão alta’, a hipertensão ocorre quando as artérias oferecem resistência à passagem do sangue bombeado pelo coração para irrigar os órgãos. Quando isso acontece, o sangue circula com pressão elevada e pode danificar os vasos sanguíneos. Com o passar do tempo, esses vasos podem entupir ou romper.

Quando o vaso sanguíneo entope, ocorre o que os médicos chamam de ‘angina’ (dor no peito), que pode levar ao infarto. Se o entupimento ou rompimento ocorrer no cérebro, pode resultar em um AVC (Acidente Vascular Cerebral), conhecido também como ‘derrame’. E insuficiência renal quando os rins são os órgãos afetados. Situações como estas podem ser evitadas com a adoção de bons hábitos e o tratamento correto. A hipertensão não tem cura, mas seu tratamento e controle garantem uma vida saudável ao paciente.

Tratamento

O tratamento para diminuição e controle da pressão é comumente indicado para índices acima de 180/110 mmHg. Nesses casos, o tratamento visa reduzir a resistência vascular periférica, promovendo a dilatação dos vasos sanguíneos. Nos demais casos, o paciente deve procurar, sempre com orientação médica, reduzir a pressão arterial através da reeducação alimentar e prática de atividade física. O tabagismo, como principal fator de risco de doenças cardiovasculares não é permitido para pacientes com pressão alta.

O hipertenso deve evitar também alimentos com muita gordura saturada e colesterol, adição de sal à comida e o consumo de doces e bebidas com açúcar. E preterir alimentos com pouca gordura, como carnes magras, aves e peixes. Alimentos como pão, cereais e massas são permitidos na versão integral.

É importante esclarecer que a Hipertensão pode atingir homens e mulheres, idosos e crianças. Além dos maus hábitos, a hereditariedade também é uma das causas da doença. Logo, as medidas preventivas valem para toda a família, como propõe a campanha deste ano. Controlar o estresse e medir a pressão arterial regularmente são duas medidas simples que ajudam a prevenir problemas. O valor normal de pressão arterial é inferior a 130/85 mmHg, o ideal é inferior a 120/80 mmHg e para pacientes com risco de diabetes ou doença renal, esse número deve ser inferior a 130/80 mmHg.

As pessoas erroneamente atribuem à doença os seguintes sintomas: dores de cabeça, sangramentos pelo nariz, tontura, rubor facial e cansaço. Mas os médicos alertam que esses sintomas podem coincidir com a doença, mas não são causados por ela. Os sintomas que podem indicar uma hipertensão grave ou prolongada e não tratada são dores de cabeça, vômito, falta de ar e visão borrada.

Caius Lucilius com Jéssica Kruckenfellner
Assessoria de Imprensa do HC Unicamp

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