O governador Geraldo Alckmin autorizou no final de 2012 a liberação de R$ 5,2 milhões para o Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp. Do total de investimentos, R$ 2,7 milhões serão destinados para aquisição de diversos equipamentos e R$ 2,5 milhões para a compra de um angiógrafo digital. O anúncio foi feito em 2011 ao reitor da Unicamp, Fernando Costa e ao superintendente do HC, Manoel Barros Bértolo, durante a Agenda Metropolitana de Campinas, realizada pelo Governo do Estado, no Hotel de Royal Palm Plaza. O novo angiógrafo digital fornecerá diagnósticos e tratamentos por via endovascular (por dentro dos vasos) com mais agilidade e precisão para as especialidades neurológica, cardiovascular e hepatológica.
O novo aparelho substituirá um modelo já obsoleto e que está no hospital há cerca de 20 anos. O tubo de raio x do antigo aparelho quebrou e a fabricante não tem mais peças para o conserto, tornando a manutenção inviável. O equipamento de angiografia digital fornecerá exames com maior resolução, otimizando as doses de radiação ionizante utilizadas. “Com a aquisição do novo angiógrafo, todo procedimento será digitalizado e com melhor qualidade, além de realização de novos procedimentos terapêuticos que não eram realizados com o equipamento antigo”, explica o superintendente Manoel Barros Bértolo.
Segundo Bértolo a equipe de atendimento também aumentou, com a contratação de um médico especializado em radiologia e angiografia e vai atuar com outros dois médicos especialistas. “Com isso triplicaremos a capacidade, já que antes os exames aconteciam em apenas dois períodos e deverão ocorrer em até seis períodos”, detalha Bértolo. Enquanto o novo aparelho não for montado, diz, o agendamento está suspenso e apenas casos urgentes são atendidos no Setor de Cateterismo. Após a licitação, começa o processo de importação do aparelho que leva entre três e seis meses. A previsão é que o equipamento deverá estar funcionando até o final do ano.
De acordo com Carlos Henrique Gomes de Oliveira, diretor administrativo da área de Radiologia do HC, o novo aparelho vai ampliar em 50% a capacidade de produção do anterior, que era de 50 exames por mês. Já o tempo dos tratamentos de terapêutica endovascular, como lesões de aneurisma, cairão 40%. A durabilidade do equipamento deve ser similar ao antigo, aproximadamente 12 ou 15 anos. Atualmente, o equipamento antigo ocupa uma área com três salas do hospital que será reformada para abrigar uma estação de trabalho para avaliação dos exames. Trata-se de um equipamento de grande porte com procedimento totalmente digital.
“O angiógrafo digital é um modelo biplano, ou seja, que possui dois arcos de raio x”, conta a engenheira clínica Zulma Novaes. Segundo ela, os dois arcos aumentam a precisão dos resultados com a reconstrução tridimensional das imagens sem precisar mover o paciente ou o aparelho de posição. Outras vantagens importantes são a maior definição dos vasos, precisão no diagnóstico e principalmente maior segurança para o paciente. “São poucos os aparelhos com a tecnologia de dois arcos no Brasil e o hospital ganhará em qualidade”, afirma.
Caius Lucilius com Jéssica Kruckenfellner – Assessoria de Imprensa HC