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O reitor da Unicamp, Fernando Costa, o diretor da Faculdade de Ciências Médicas, Mário Saad e o superintendente do HC, Manoel Bértolo participam nesta segunda-feira (04/03), às 10 horas, da entrega das novas instalações da área de Broncoscopia do hospital. A reforma contemplou a ampliação e readequação da área, que agora possui 162m², além da instalação de um novo sistema de climatização. O investimento na reforma foi de aproximadamente R$ 200 mil. Três novos broncoscópios – dois adultos e um pediátrico – avaliados em R$ 160 mil estão em fase de compra pelo hospital. O Serviço realiza em média mil exames ambulatoriais por ano.

Também será entregue a nova área da radiofarmácia da Medicina Nuclear do hospital. A Radiofarmácia Hospitalar é a especialidade responsável pelo planejamento, preparo e controle de qualidade dos radiofármacos utilizados na rotina da Medicina Nuclear, aplicados para exames de diagnóstico através dos equipamentos de SPECT/CT e PET/CT – este último em fase de instalação. Todos os radiofármacos produzidos pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) poderão ser empregados para diagnósticos em oncologica, cardiologia, endocrinologia, ortopedia, nefro-urologia, gastro-enterologia.

“A reforma possibilita a ampliação do número de exames realizados e melhora a organização da rotina da área”, comemora José Cláudio Teixeira Seabra responsável atual pelo serviço de broncoscopia. Ele explica que com a nova área, a limpeza e o armazenamento dos endoscópios do hospital ficará centralizado. A ampliação do espaço físico também possibilitou a criação de um posto de enfermagem na área, que não existia anteriormente. Esse novo espaço agiliza o atendimento aos pacientes, assim como a sala de recuperação, que agora tem duas macas, com mais conforto e espaço.

O ambiente físico foi reformulado com a troca de revestimentos e uma preocupação da equipe responsável pela reforma foi à adequação da área as normas da Anvisa, em especial o setor destinado a higienização dos endoscópios, aparelho usado na realização dos exames. O sistema de climatização também foi readequado e agora conta com a pressão negativa, importante para o atendimento seguro de pacientes com tuberculose. Esse sistema garante mais segurança aos profissionais, além do conforto térmico e a melhora na qualidade do ar, vantagens da reforma.

Além dos exames de broncoscopia, um tipo de endoscopia respiratória feita com um aparelho de fibras óticas, que permite a visualização do sistema respiratório, desde a laringe até os brônquios, há exames da mesma modalidade, como a laringoscopia, que se restringe à laringe. Também é possível a traqueoscopia, quando o exame inclui a visualização da traquéia que também são realizados no setor. Os exames duram no máximo meia hora e durante a sua realização, o paciente recebe analgésicos e sedativos para diminuir a sensação de desconforto.

Procedimentos como esses são indicados para o diagnóstico de diferentes doenças, como lesões das cordas vocais e casos de suspeita de câncer. Rouquidão, dor torácica, tosse e escarro com sangue são alguns sintomas que podem levar o médico a indicar uma broncoscopia, por exemplo. As mudanças na área incluem a ampliação da equipe, com mais dois profissionais específicos para o cuidado com a higienização dos aparelhos, complementando a equipe composta por duas enfermeiras que atendem os pacientes, o médico responsável pela área e um residente da disciplina de pneumologia e um da disciplina de cirurgia torácica.

Radiofarmácia da Medicina Nuclear

Radiofarmácia – A Radiofarmácia do HC da Unicamp será coordenada pela professora Elaine Minatel do Instituto de Biologia, em parceria com a FCM e com o Instituto de Química. “Nós aproveitamos a reforma para instalação do PET/CT e criamos a área de radiofarmácia, necessária também para os procedimentos do novo aparelho”, esclarece Celso Dario Ramos, diretor do Serviço de Medicina Nuclear.

Segundo ele, até então o HC tinha um espaço destinado a rotina de radiofármacia, mas que foi adequado às novas normas da Anvisa e IPEN e mais adequado a estrutura de um hospital universitário como o HC. Agora, os componentes que antes chegavam prontos e eram apenas injetados nos pacientes, serão manipulados na nova área composta por três salas, que asseguram o isolamento do material radioativo e evitam que os componentes circulem para área fora dos espaços controlados.

Outra novidade é a pretensão da Unicamp de formar radiofarmacêuticos, profissionais em falta no mercado. “A Unicamp já tem o curso de Farmácia, mas apenas o IPEN possui um curso de tradição na formação de radiofarmacêuticos. Com isso, a universidade será uma das primeiras do país a oferecer essa linha de formação”, detalha Ramos.

A coordenação da área de radiofarmácia no HC será feita pela FCM, que cedeu duas farmacêuticas para implantação da farmácia juntamente com o Instituto de Biologia e o Instituto de Química. Fortalecendo a capacidade não só de assistência, mas também de ensino e pesquisa, com a estrutura para futuros trabalhos de mestrado e doutorado na área. Haverá também controle de radioproteção e de qualidade, atendendo a todas as normas da Anvisa.

Caius Lucilius com Jéssica Kruckenfellner – Assessoria de Imprensa HC-

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