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O Hospital de Clínicas da Unicamp recebeu na manhã desta segunda-feira (4) as novas instalações das áreas de Broncoscopia e de Radiofarmácia, ligada ao Serviço de Medicina Nuclear. O reitor da instituição Fernando Costa inaugurou os dois novos espaços juntamente com o superintendente do hospital Manoel Bertolo, com o ex-pró-reitor Paulo Eduardo Moreira Rodrigues da Silva, com o professor da Disciplina de Pneumologia Ivan Toro e com o diretor do Serviço de Medicina Nuclear Celso Dario Ramos. A solenidade ocorreu no segundo andar do HC e foi acompanhada pela comunidade.

Segundo Fernando Costa, as reformas visam melhorar as condições de trabalho e de assistência. “Mas temos certo que, mesmo sendo uma grande satisfação poder entregar os novos espaços reformados, os investimentos que existiram sempre serão insuficientes”, afirmou, abordando as dificuldades para que haja a devida manutenção das obras.

O reitor informou que vem sendo feita uma série de ações tanto no hospital como na Universidade como um todo, entre elas atualização nos prédios, construção do Teatro da Unicamp e de um novo Ginásio na Faculdade de Educação Física (FEF) com sete quadras cobertas, além de quadras para a área das Engenharias e área da Saúde e reforma nos restaurantes e nos banheiros. “Não temos unidade aqui que não foi reformada”, comentou.

Fernando Costa também visitou uma das enfermarias do HC que receberam novas camas elétricas – 200 no total – adquiridas com recursos da Universidade. A aquisição das novas camas, disse, representa um salto na qualidade do atendimento da instituição e representam uma nova etapa dentro dos programas de humanização do hospital e segurança do paciente.

Broncoscopia

Com a nova área de Broncoscopia do HC, cujo investimento feito foi próximo de R$ 200 mil, houve ampliação do local e instalação de um novo sistema de climatização. Além disso, três novos broncoscópios, avaliados em R$ 160 mil, estão em fase de aquisição. Atualmente, o Serviço realiza em média mil exames ambulatoriais por ano e, com o incremento, a expectativa é chegar a um aumento de 30% nesse número.

“A reforma possibilita a ampliação do número de exames realizados e melhora a organização da rotina da área”, comemora José Cláudio Teixeira Seabra, responsável pelo Serviço de Broncoscopia. Ele explica que, com a nova área, a limpeza e o armazenamento dos endoscópios do hospital ficarão centralizados. A ampliação do espaço físico também possibilitou a criação de um posto de enfermagem, que deve agilizar o atendimento aos pacientes, assim como a sala de recuperação, que agora dispõe de duas macas, para maior conforto e espaço.

O ambiente físico foi reformulado com a troca de revestimentos, e uma preocupação da equipe responsável pela reforma foi a adequação da área às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em especial o setor destinado à higienização dos endoscópios, aparelho usado na realização dos exames.

O sistema de climatização foi igualmente readequado e agora conta com a pressão negativa, importante para o atendimento seguro pelos profissionais e para os pacientes com tuberculose, além do conforto térmico e melhora na qualidade do ar, benefícios da reforma.

Além dos exames de broncoscopia, um tipo de endoscopia respiratória feita com um aparelho de fibras óticas que permite a visualização do sistema respiratório, desde a laringe até os brônquios, há exames da mesma modalidade, como a laringoscopia, que se restringe à laringe. Também é possível a traqueoscopia, quando o exame inclui a visibilização da traqueia. Os exames, neste caso, duram no máximo meia hora. Durante a sua realização, o paciente recebe analgésicos e sedativos para diminuir a sensação de desconforto.

Procedimentos como esses são indicados para o diagnóstico de diferentes doenças, como lesões das cordas vocais e casos de suspeita de câncer. Rouquidão, dor torácica, tosse e escarro com sangue são alguns dos sintomas que podem levar o médico a indicar uma broncoscopia.

As mudanças na área incluem a ampliação da equipe, com mais dois profissionais específicos para o cuidado com a higienização dos aparelhos, complementando a equipe composta por duas enfermeiras que atendem os pacientes, o médico responsável pela área e um residente da Disciplina de Pneumologia e um da Disciplina de Cirurgia Torácica.

Radiofarmácia

Foi ainda entregue a nova área de Radiofarmácia Hospitalar – uma especialidade responsável pelo planejamento, preparo e controle de qualidade dos radiofármacos (substâncias em doses ínfimas marcadas com material radioativo) utilizados na Medicina Nuclear, aplicados para exames de diagnóstico através dos equipamentos de SPECT/CT e PET/CT, este último em fase de instalação. Todos os radiofármacos produzidos pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) poderão ser empregados para diagnósticos em Oncologia, Cardiologia, Endocrinologia, Ortopedia, Nefro-Urologia, Gastroenterologia. A partir de agora o HC pode realizar cerca de 800 exames/mês.

A Radiofarmácia do HC, a primeira no contexto do interior do Estado de São Paulo, será coordenada pela professora Elaine Minatel, do Instituto de Biologia (IB), em parceria com a Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e com o Instituto de Química (IQ). “Nós aproveitamos a reforma para instalação do PET/CT e criamos a área de Radiofarmácia, necessária também para os procedimentos do novo aparelho”, esclarece Celso Dario Ramos, diretor do Serviço de Medicina Nuclear. “O uso clínico dos radiofármacos é amplo e em pesquisa será muito mais”, acredita.

De acordo com Celso Dario, até então o HC tinha um espaço destinado à rotina de radiofármacia, mas que foi adequado às novas normas da Anvisa e Ipen, melhorando a sua estrutura. Agora, os componentes, que antes chegavam prontos e eram apenas injetados nos pacientes, serão manipulados na nova área composta por três salas blindadas e com concreto de alta densidade, que asseguram o isolamento do material radioativo e evitam que os componentes circulem para área fora dos espaços controlados.

Outra novidade é o plano da Unicamp de formar radiofarmacêuticos, profissionais em falta no mercado. “A Unicamp já tem o curso de Farmácia, contudo apenas o Ipen possui um curso de tradição na formação de radiofarmacêuticos. Com isso, a Universidade será uma das primeiras do país a oferecer essa linha de formação”, detalha Ramos.

A coordenação da área de Radiofarmácia no HC será feita pela FCM, que cedeu duas farmacêuticas para implantação da Farmácia juntamente com o IB e o IQ, fortalecendo a capacidade não só de assistência bem como também de ensino e pesquisa, com a estrutura para futuros trabalhos de mestrado e doutorado na área. Haverá também controle de radioproteção e de qualidade, atendendo a todas as normas da Anvisa.

Geradores

Após a solenidade de inauguração e ainda dentro das reformas estruturais do hospital, o reitor conheceu os dois novos geradores de energia que substituíram equipamentos em atividades há 35 anos. Os novos geradores (750KVA cada) foram adquiridos pela Reitoria ao custo de R$ 950 mil e asseguram a manutenção, em caso de falta de energia, da Unidade de Urgência e Emergência, Centro Cirúrgico (CC), das UTIS e de todas as 22 enfermarias do hospital. Os equipamentos antigos eram de 500 KVA cada e garantiam o fornecimento de energia para UTI, parte do CC e apenas duas enfermarias. “Esses investimentos são de extrema importância para a manutenção do tratamento de pacientes, por exemplo, em respiração mecânica ou mesmo para assegurar a realização de cirurgias sem qualquer risco”, ressaltou Fernando Costa.

Caius Lucilius com Jéssica Kruckenfellner  –  Assessoria de Imprensa HC

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