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O reitor da Unicamp, Fernando Costa, o diretor da Faculdade de Ciências Médicas, Mário Saad e o superintendente do HC, Manoel Bértolo participaram na sexta-feira (12) da entrega oficial da nova área do PET/CT no serviço de Medicina Nuclear do hospital. A área foi reformada para receber o PET/CT, avaliado em mais de R$ 4,2 milhões e adquirido com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Os exames do PET/CT fornecem um diagnóstico mais preciso da localização de tumores, nos casos de pacientes com câncer, por exemplo, definindo o melhor tratamento para cada paciente.

O diferencial do equipamento é a obtenção de imagens de alta qualidade pela combinação das duas tecnologias de tomografia por emissão de pósitrons (PET) e a tomografia computadorizada (CT). O equipamento é capaz de sobrepor as imagens obtidas pelo exame PET, que mostra a função biológica e metabólica do corpo antes mesmo das mudanças anatômicas serem percebidas, com as informações obtidas pelo exame de tomografia que fornece a anatomia do corpo como a localização, tamanho e formato. Produz, desta forma, uma terceira imagem que permite que médicos consigam identificar e diagnosticar doenças cardíacas, cerebrais e até câncer com mais precisão.

A aquisição do equipamento permite que o Hospital de Clínicas da Unicamp, junto com a Faculdade de Ciências Médicas (FCM) realize exames e pesquisas de imagem molecular, tecnologia que poucas universidades possuem. O atual Secretário de Saúde de Campinas, Cármino Antonio de Souza, foi responsável pelo projeto de pesquisa que culminou no financiamento para aquisição do PET/CT, na época em que atuou como coordenador do Hemocentro. Com a chegada do aparelho, a Unicamp será responsável pela manutenção e operação do aparelho por um período mínimo de sete anos. Segundo o projeto aprovado pela FAPESP, 80% do tempo de uso do equipamento será destinado à pesquisa e 20% para a assistência. “O PET-CT trará um grande avanço tanto para as atividades de ensino e pesquisa, quanto para a assistência à população”, afirmou o secretário durante a inauguração.

O novo equipamento, denominado do Biograph mCT, também detecta, caracteriza e monitora alterações nas menores lesões cancerígenas com quantificação reprodutível, proporcionando tratamento para o câncer menos oneroso para paciente e sistema de saúde. Além disso, é capaz de quantificar a perfusão absoluta de sangue miocardial e reserva de fluxo coronariano, oferecendo opções e decisões de tratamentos mais precisas, minimizando riscos para os pacientes. Outra aplicação em potencial é quantificar os depósitos de proteína amilóide no cérebro, auxiliando no diagnóstico precoce de demências e na definição da conduta terapêutica.

“O PET/CT é uma tecnologia de ponta que completa a modernização do setor de imagem do HC junto com o SPECT/CT adquirido em 2011”, comemora Celso Dario Ramos, diretor da área de Medicina Nuclear. Ele explica que o equipamento, diferente de uma tomografia comum, permite a visualização de partes do organismo a partir do uso de substâncias radioativas. Com esse equipamento, fabricado pela Siemens Healthcare, a Unicamp terá disponível a última geração em imagem molecular para atendimento a pacientes e pesquisas científicas.

“Apenas uma parte da população tem acesso a esse exame, por se tratar de um procedimento muito caro”, conta Dario. Ele estima que a realização de um exame PET/CT na rede privada chega a custar mais de R$ 3 mil. Mas quando o custo-benefício de um bom diagnóstico é confrontado com o valor do exame, o PET/CT se torna um exame barato, pois leva a economia de recursos com a escolha mais assertiva de um tratamento.

A reforma na área de Medicina Nuclear do HC, necessária para instalação do equipamento, custou R$ 600 mil e incluiu a readequação da recepção do serviço e o espaço destinados aos pacientes injetados, com isolamento para o uso de material radioativo. A construção de um depósito para material radioativo também foi adicionada ao projeto e já está em funcionamento.

A previsão é de que o aparelho possa realizar entre 15 e 20 exames por dia, dependendo apenas do repasse de verbas para o atendimento. Atualmente, sua principal aplicação é na oncologia, com a identificação de câncer no organismo a partir do consumo intenso de glicose identificado nas áreas com tumores. Junto a chegada do novo equipamento, a área de radiofarmácia, dentro do setor, também foi reformada e ampliada.

Setor modernizado – A entrega do PET/CT Biograph mCT encerra um projeto de modernização das instalações da área de medicina nuclear, que começou em 2009 com reformas físicas. Em 2010, o HC da Unicamp colocou em funcionamento um novo equipamento para medicina nuclear, denominado câmara de cintilação, também conhecido como gama-câmara. Com o novo equipamento, avaliado em R$ 500 mil, a medicina nuclear do HC passa a dispor de três aparelhos de gama-câmaras para atendimento de pacientes que necessitam de diagnóstico com imagens funcionais de diferentes tecidos, permitindo a detecção de disfunções orgânicas.

Em 2011, a área recebeu um novo SPECT/CT (Single Photon Emission Computed Tomography). A máquina foi importada dos Estados Unidos e custou R$ 1,2 milhão financiados pela Secretaria Estadual de Saúde em parceria com o HC. O SPECT/CT gera imagens com maior detalhamento das lesões em 3D e permite aos médicos diagnósticos mais rápidos e precisos. “O HC é um hospital que presta assistência, mas que também forma médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde para o país. Por isso, é sempre uma satisfação poder entregar uma nova área como esta”, finalizou Fernando Costa, reitor da Unicamp.

No início do ano, o setor conclui a nova área de Radiofarmácia Hospitalar – a primeira no contexto do interior do Estado de São Paulo. Trata-se da especialidade responsável pelo planejamento, preparo e controle de qualidade dos radiofármacos (substâncias em doses ínfimas marcadas com material radioativo) utilizados na Medicina Nuclear, aplicados para exames de diagnóstico através dos equipamentos de SPECT/CT e PET/CT. Todos os radiofármacos produzidos pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) poderão ser empregados para diagnósticos em Oncologia, Cardiologia, Endocrinologia, Ortopedia, Nefro-Urologia e Gastroenterologia.

Caius Lucilius com Jéssica Kruckenfellner – Assessoria de Imprensa HC e assessoria Siemens Healthcare

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