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O neurologista Li Li Min, médico do Hospital de Clínicas da Unicamp e professor da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), recebe o prêmio de Embaixador da Epilepsia no Brasil, concedido pelo International Bureau for Epilepsy e pela Liga Internacional contra a Epilepsia, no 30º Congresso Internacional de Epilepsia que acontece em Montreal, no Canadá entre os dias 23 e 27 de junho. Cerca de 100 candidatos concorreram o prêmio que é entregue a 12 indivíduos que promoveram de forma notável a causa da epilepsia.

O histórico acadêmico e científico de Li Min já mostra a razão de sua escolha. Além de ser professor da FCM, ele é membro do Programa de Cirurgia de Epilepsia e do Laboratório de Neuroimagem da Unicamp, onde desenvolve pesquisas na área de epilepsia, acidente vascular cerebral, neuroimagem e neurociência.

É fundador presidente e voluntário da Assistência à Saúde de Pacientes com Epilepsia (Aspe), referência para associações de leigos em epilepsia no Brasil e foi coordenador do projeto demonstrativo em epilepsia no Brasil como parte da Campanha Global Contra Epilepsia da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ajudou a coordenar dois cursos de especialização em divulgação e saúde em neurociências.

Li Min, a convite do Conselho Regional de Medicina, esteve no final do mês de fevereiro no estado do Amazonas, onde deu treinamento no manejo de pacientes com epilepsia para equipe de 100 médicos e não-médicos de Manaus e Parintins. Dados do DataSUS da Amazônia mostram que apenas 20% dos pacientes com epilepsia são conhecidos e os outros 80% são “invisíveis”.

“Estamos conversando com o Ministério da Saúde (MS) para traçar um trabalho amplo no cuidado do paciente, qualificando o atendimento e fornecendo material informativo”, explicou Li Min. Uma das características dos portadores de epilepsia são as crises convulsivas. Ao presenciar alguém em crise, Li Min disse para proteger a cabeça da pessoa, virá-la de lado para não engasgar, afastar objetos que possam risco, não por nada na boca da pessoa, dar água ou esfregar álcool. “A crise dura poucos segundos ou no máximo dois minutos. Se passar disso, trata-se de uma situação de emergência e deve-se chamar o SAMU pelo 192”, disse Li Min.

De acordo com o médico neurologista da Unicamp, a Rede Básica de Saúde é capaz de suprir 70% dos casos de epilepsia com medicação gratuita fornecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os outros 30% podem ser supridos pela farmácia de alto custo mediante prescrição médica nas cidades que tem o serviço. Campinas é uma delas. “A maioria desses pacientes pode controlar as crises com a dose certa de medicamento. Vencer o estigma da epilepsia é o primeiro passo para o paciente ter uma vida próxima do normal”, explicou Li Min.

Edmilson Montalti – Assessoria de Imprensa FCM

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