A ampliação pelo Ministério da Saúde da lista de medicamentos de última geração destinados ao tratamento de artrite reumatoide está sendo elogiada por reumatologistas de todo país. No Hospital de Clínicas da Unicamp foi criado há dois anos, o Centro de Dispensação de Medicamentos de Alto Custo (CEDMAC) que já utilizava três medicamentos biológicos para tratamento de cerca de 300 pacientes com artrite reumatoide (AR) e espondiloartrite. A portaria do ministério foi publicada no final de junho e os medicamentos chegam nos próximos dias.
Segundo o coordenador do CEDMAC e chefe da disciplina de Reumatologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, Manoel Bertolo, os medicamentos biológicos diminuem a atividade da doença, previnem a ocorrência de danos irreversíveis nas articulações, aliviam as dores e melhoram a qualidade de vida do paciente. “Com essa liberação do ministério da Saúde quase todos medicamentos atuais para tratamento de AR estão à disposição dos pacientes do SUS”, ressalta Bertolo.
Até o ano passado eram disponibilizados pelo SUS, 10 medicamentos para o tratamento da doença da AR, em 15 diferentes apresentações sendo três medicamentos biológicos (adalimumabe, etanercepte, infliximabe). Agora foram incorporados os biológicos abatacepte, certolizumabe pegol, golimumabe, tocilizumabe e rituximabe. A escolha entre o tipo de tratamento deve ser baseada nas características do paciente, segurança, comodidade posológica, tratamentos prévios e concomitantes, conforme definição em protocolo clínico do Ministério da Saúde.
As doenças reumáticas, ao contrário do senso comum, não apresentam como sintomas apenas dores ósseas ou nas articulações, mas, também, em outros órgãos, como rins, olhos, pulmões e pele. A estimativa é que 30 milhões de brasileiros sofram de doenças reumáticas, dos quais 10% deles de artrite reumatoide. No interior do Estado de São Paulo existem quatro CEDMAC: Unicamp, USP-Ribeirão Preto, Unesp Botucatu e Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto.
A artrite reumatoide é uma doença autoimune, inflamatória, sistêmica e crônica de uma ou mais articulações, que resulta em dor, inchaço, endurecimento e limitação de movimento. Trata-se de uma doença que provoca importantes deformidades com evolução para incapacidade física e da qualidade de vida. Atualmente, o Ministério da Saúde gasta, em média, R$ 25 mil por ano com cada paciente que utiliza medicamentos biológicos.
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Caius Lucilius com Jéssica Kruckenfellner – Assessoria de Imprensa HC