O Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp entregou nesta segunda-feira (12/08), um novo tomógrafo multislice 16 canais, avaliado em R$ 838 mil e adquirido com recursos de emenda parlamentar do senador Eduardo Suplicy. O novo equipamento dispõe de softwares que avaliam variáveis como peso e altura do paciente, utilizando a dose de radiação mínima necessária, sem comprometer a qualidade do exame.
O evento contou com a presença do senador Suplicy, José Tadeu Jorge, reitor da Unicamp, Alvaro Crósta coordenador-geral da Universidade, Mário José Abdalla Saad, diretor da Faculdade de Ciências Médicas e Manoel Barros Bertolo, superintendente do HC, além de dirigentes, professores, alunos e funcionários.
O discurso inicial foi do superintendente do HC, que agradeceu o apoio dado por Suplicy sempre que a equipe do hospital esteve em seu gabinete em Brasília. Nos últimos quatro anos, o senador destinou por meio de emendas parlamentares, R$ 3 milhões à unidade. “Este, que é o segundo tomógrafo multislice do HC, certamente qualificará ainda mais o atendimento que prestamos a uma população estimada em 5 milhões de pessoas, de 42 municípios”, afirmou Bertolo.
O diretor da FCM também destacou o apoio dado por Suplicy à área de saúde da Unicamp. Segundo ele, os recursos revertidos pelo senador à Universidade têm dupla função. “Um aparelho como este tomógrafo serve tanto para prestar assistência de qualidade à população quanto para treinar alunos e residentes, que posteriormente também prestarão serviço a essa mesma sociedade”, lembrou Saad.
Conforme o coordenador-geral da Unicamp, com a chegada do novo tomógrafo a área de diagnóstico por imagens do HC tornou-se a mais completa do gênero entre os hospitais públicos da região. “Tenha certeza, senador, que essa estrutura se reverterá em benefício das pessoas que recorrem ao HC”, pontuou Crósta. O reitor da Unicamp disse que a destinação de sucessivos recursos de emendas parlamentares à área de saúde da Universidade por parte de Suplicy demonstra a confiança dele nos serviços aqui prestados.
“Penso que já posso considerá-lo um nosso parceiro na luta pela prestação de serviços de melhor qualidade à sociedade. A destinação de recursos públicos ao HC, como os relacionados às emendas parlamentares, é muito importante, pois o orçamento da Universidade tem limitações. Iniciativas como esta nos ajudam a superar as dificuldades de cumprir essa tarefa. Fique certo, senador, que este investimento será potencializado e contribuirá para garantir mais saúde e qualidade de vida às pessoas que dependem do atendimento do HC”, declarou Tadeu Jorge.
O senador confessou ter ficado impressionado com o complexo de saúde da Unicamp e com a abrangência do seu atendimento. “Aqui não são assistidos moradores somente da região de Campinas, mas também de Minas Gerais e outros estados. As pessoas recorrem à área de saúde da Unicamp por causa da excelência dos serviços prestados”, destacou.
Segundo ele, cada senador pode destinar até R$ 15 milhões em emendas parlamentares por ano. “Ocorre, porém, que São Paulo tem cerca de 650 municípios, e todos solicitam recursos. Eu avaliei que seria importante priorizar nas minhas emendas as áreas de educação e saúde. Nesse sentido é que elaborei uma emenda para a compra deste tomógrafo, que certamente será importante para a população que recorre às especialidades do HC”, explicou.
O tomógrafo multislice funcionará em uma sala lúdica reformada com modificações da estrutura física e novo sistema de ar-condicionado. “O multislice vem com um recurso muito interessante, que permite a redução nas doses de radiação dos exames”, explica Carlos Henrique Gomes de Oliveira, diretor administrativo da área de radiologia.
O novo equipamento emite uma dose variável de radiação ionizante, estabelecida de acordo com o tipo de tecido, com isso os pacientes receberão uma quantidade menor de radiação. “Esse aparelho é usado para diversas aplicações e complementa o serviço de diagnóstico de imagem do HC, que já dispõe de um tomógrafo multislice 64 canais”, detalha a professora Elisa Maria de Brito Pacheco, diretora da Divisão de Imagenologia do HC.
Extremamente eficaz para a avaliação da maioria das estruturas do corpo humano e de custo considerado baixo pelo benefício oferecido, a tomografia computadorizada está hoje entre os exames mais indicados por médicos para se chegar a um diagnóstico preciso. O tomógrafo multislice oferece entre outras qualidades, a melhor resolução de imagem com a possibilidade de realizar aquisições com extrema rapidez – em média 15 segundos, promovendo a redução da dose de radiação aplicada, maior conforto para o paciente e maior variação de angulação da máquina (360 graus).
Outra característica do tomógrafo multislice é o mapeamento anatômico tridimensional de várias patologias, como as do tórax, abdome, pélvis e cardiovasculares, podendo ser utilizada também para o diagnóstico precoce de algumas lesões como os tumores de intestino grosso e do pulmão. O HC realiza hoje cerca de 2.700 exames de tomografia todo mês.
Radiografia Computadorizada (CR)
O HC adquiriu, junto com o tomógrafo, um novo equipamento de radiografia computadorizada (Computed Radiography – CR), que marca o início da digitalização dos exames de imagem no hospital e a intregração ao sistema PACS (Picture Archiving and Communications Systens).
“O objetivo é eliminar o uso dos filmes de raio-x e soluções químicas”, afirma Carlos Henrique. Com a mudança, o HC reduz a quantidade de filmes de raio-x utilizados, a necessidade de repetição de exames e conseqüentemente consome menos recursos. No hospital são realizados por ano, mais de 100 mil exames de raio-X. Já as soluções de fixadoras empregadas na revelação do filme chegam a 4.500 mil litros/ano.
Sala lúdica
A nova sala de tomografia recebeu decoração especial para a realização de exames em crianças. O ambiente lúdico aliado à tecnologia facilita os procedimentos infantis. Atualmente, esses exames são realizados em uma sala padrão e em alguns casos os pacientes ficam agitados e com medo e quando a criança se movimenta, o exame precisa ser refeito. “Quanto mais tentativas de realizar o exames são feitas, maior a quantidade de radiação recebida e estresse da criança e da equipe”, completa Carlos Henrique.