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O superintendente do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, Manoel Barros Beretolo, entregou hoje (quarta-feira 30/04), a nova área do lactário e dietas enterais com cerca de 180 metros quadrados. São locais destinados ao preparo dos alimentos líquidos, ingeridos por sonda e das mamadeiras para crianças internadas. Ao todo, as duas áreas atendem em média 4600 pacientes por mês. O investimento na reforma, climatização e aquisição de equipamentos foi de R$ 830.000,00 com recursos do hospital e da reitoria.

A nova área foi planejada e executada levando em conta as futuras ampliações das áreas de internação do HC, e também para atender uma demanda de ampliação da UTI pediátrica que passará a ocupar o antigo espaço do lactário que ficava no 4º andar. Além disso a nova área está totalmente adequada a portaria 67/2000 da Anvisa. “Era necessário centralizar todas as áreas e etapas de produção, uma vez que o espaço antigo não estava atendendo a capacidade do hospital”, explica a diretora da Divisão de Nutrição e Dietética (DND), Harumi Kinchoku.

“Esse tipo de obra situa o serviço do hospital entre os melhores do país, ampliando a segurança de pacientes e a melhoria de qualidade da área”, ressaltou o superintendente. Para o coordenador de Administração do HC, professor João Batista de Miranda, as adequações e melhorias do hospital são contínuas e sempre buscando uma melhoria da assistência. “Nesse caso conseguimos centralizar os serviços e ganhar 65 metros quadrados no quarto andar para ampliação de leitos na UTI pediátrica”, enfatizou Miranda que acrescentou “Os recursos para início da reforma da UTI pediátrica já estão garantidos”.

No hospital são produzidas, em média, 3600 mamadeiras/mês; preparados 2550 litros/mês de nutrição enteral (dieta líquida) que geram o consumo de 12760 frascos de nutrição enteral; são consumidos 3150 frascos com água para hidratação e 3000 frascos de fórmulas infantis para alimentação por sonda. Além da ampliação para centralizar as duas áreas, foi feita a readequação do espaço administrativo da DND. “Com todos os serviços no mesmo espaço será possível atender as demandas atuais e futuras”, afirma Harumi.

Com a reforma, novos equipamentos foram adquiridos para a produção das fórmulas infantis distribuidas às crianças internadas em enfermarias da pediatria, UTI e UER-pediátrica (Unidade de Emergência Referenciada) e para a produção de nutrição enteral distribuída aos pacientes adultos internados, que necessitam de terapia nutricional por via oral ou sonda. “A incorporação de novas tecnologias minimizam os processos manuais, e otimizam os processos de trabalho. Além dos benefícios ao hospital, o paciente também ganha ao receber um serviço com mais qualidade”, completa Harumi que agradeceu a todos envolvidos na reforma.

Serão incorporados também o dosador automático, para fazer o posicionamento de volumes substituindo a dosagem manual; microondas, para o aquecimento de mamadeiras, em substituição ao ‘banho-maria’; uma seladora, para colocar as mamadeiras desinfectadas em lotes fechados; fogão elétrico, que substitui o fogão a gás; uma balança digital; além dos equipamentos conhecidos como pass throughs refrigerados, que vão manter as mamadeiras e frascos de nutrição enteral armazenados sob refrigeração, em temperatura adequada. Uma termodesinfectora vai realizar todo o processo de higienização, desinfecção e secagem das mamadeiras, como explica a diretora das áreas de dietas enterais e lactário, Luciane Cristina R. S. Giordano.

A reforma também contemplou a instalação de sprinklers (chuveiros automáticos) para proteção contra incêndio, com um sistema que processa a descarga automática de água, sob a forma de neblina ou chuveiro, sobre um foco do incêndio em uma densidade satisfatória para controlá-lo ou extinguí-lo em sua fase inicial. O acionamento de um ou mais chuveiros é ativado por sensores de temperatura que monitoram o aumento da temperatura local e disparam um alarme.

Nutrição enteral é definida como: “alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada para uso por sondas ou via oral, industrializada ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas”.

Quando há impossibilidade ou insuficiência da alimentação via oral, as necessidades nutricionais podem ser satisfeitas por meio da nutrição enteral, que consiste na infusão de uma dieta líquida administrada por meio de uma sonda locada no estômago ou no intestino delgado. Esta terapia nutricional é planejada para fornecer todos os nutrientes normalmente ingeridos por via oral e que são essenciais à recuperação e à manutenção da saúde do paciente.

São classificadas em:

  • Nutrição enteral polimérica: É uma nutrição considerada padrão onde os nutrientes estão intactos, necessitando que haja digestão total dos mesmos.
  • Nutrição enteral oligomérica ou semi-elementar: São formulações onde os nutrientes estão presentes já pré-digeridos, sendo indicados para pacientes com algum distúrbio de absorção.
  • Nutrição enteral monomérica ou elementar: Os nutrientes apresentam-se na forma mais simples, como as proteínas, em aminoácidos.
  • Nutrição enteral especializada: Formulações específicas para atender às necessidades nutricionais diferenciadas de acordo com o paciente e sua patologia

Caius Lucilius com Caroline Roque
Assessoria de Imprensa do HC Unicamp

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