A Ouvidoria do Hospital de Clínicas da Unicamp comemorou nesta manhã, seu décimo aniversário. Em dez anos, 25 mil queixas, elogios, sugestões e solicitações foram ouvidas. Nesse período, consolidaram a seção como um indicador para a gestão e canal de escuta e diálogo entre as comunidades internas e externas do hospital, em busca do estimulo, da participação, do fortalecimento da cidadania e da construção de um hospital mais humanizado. “O principal avaliador de um hospital é quem o utiliza”, afirma a dirigente da área Maria Amélia Ayres Guidett Zagatto.
A importância do departamento foi destacada pelo ex-superintendente do hospital, Manoel Barros Bertolo, na abertura do evento. Para ele, a ouvidoria é um indicativo para os gestores, do que acontece no hospital e eles não recebem no dia-a-dia. Destacou também que nesses 10 anos, a cultura do hospital se adaptou à prática de ouvir a demanda do paciente e responder. “Com o amadurecimento de toda a comunidade, aumentamos o bom atendimento aos nossos pacientes”, explica Bertolo.
Estiveram presentes no evento, o diretor eleito da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) Ivan Toro, e Paulo Cesar Montagner, chefe de gabinete da reitoria, que reafirmaram o papel da ouvidoria na construção de um hospital mais humanizado e o exercício em dar retorno àqueles com quem se relaciona. Também compareceram Adriana Alvim Barreiro, Elisabete Chinalia e Rosemarie Basso respectivamente ouvidoras da Unicamp, Caism e Hospital Estadual Sumaré. Segundo as ex-ouvidoras do HC Mirian Franzolozo e Flora Bueno, muita coisa mudou nesses 10 anos e todas as conquistas foram possíveis com o trabalho integrado.
A comemoração do 10° aniversário contou ainda com a palestra “A Ouvidoria e seu impacto na organização de saúde”, ministrada pela ouvidora da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo (SES) Carmen Lucia Pádua Piccirilo. “O papel desempenhado pela ouvidoria é ampliar a participação do cidadão na gestão do SUS, dessa forma, é impossível que ela funcione isolada das três esferas governamentais”, conclui Carmen.
A construção da Ouvidoria foi instituída com uma portaria interna em 2004, mas já contava com o empenho do GTH, Grupo de Trabalho de Humanização. Juntos, organizaram oficinas para montar um processo de trabalho, que se dividiu em seis eixos: Organização Burocrática, Estrutural, Comunicação Social (na produção de eventos e debates anuais), Organização Técnico Política (que trata das relações internas do hospital), Organização de Arranjo Institucional e seus Atores e Sujeitos (relação do grupo da seção, incluindo o programa de aprimoramento em Ouvidoria Hospitalar, com profissionais distintos), e a Organização de Intervenção de Demandas (encaminhamentos e devolutiva das reclamações).
Caius Lucilius com Caroline Roque
Assessoria de Imprensa do HC Unicamp