As percepções do médico Ricardo Galesso Cardoso acabam de ser comprovadas, em dados, pela pesquisa de mestrado concluída em julho último por ele junto à Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, sob orientação do docente Gustavo Pereira Fraga. O profissional atende vítimas em estado grave no serviço de resgate aeromédico realizado por meio de helicópteros da Polícia Militar do Estado de São Paulo, na Região Metropolitana de Campinas (RMC) e capital. Apesar da gravidade das ocorrências, Ricardo Galesso observava, em muitas situações, que o número de atendimentos a pacientes não tão graves era também considerável.
No estudo, que traça um perfil do resgate aeromédico na RMC e dos pacientes atendidos, o pesquisador conclui que, apesar de eficiente e relevante, o serviço pode ser aperfeiçoado, sobretudo no aspecto da triagem. Conforme a investigação, entre 20% e 30% das vítimas atendidas apresentaram gravidade média e baixa, gerando sobrecarga no serviço, considerado de alto custo e complexidade. Foram analisados prontuários e fichas médicas de 220 pacientes atendidos entre julho de 2010 e dezembro de 2012 no Hospital de Clinicas (HC) da Unicamp.