O Hospital de Clínicas da Unicamp concluiu o projeto de substituição dos geradores de vapor, por equipamentos de consumo individualizado. Ao todo, três caldeiras foram desligadas, com o objetivo de reduzir o impacto ambiental e a exposição da comunidade a riscos, provenientes de contaminantes químicos. Outra vantagem é em relação a uma economia estimada em 627 mil reais por ano, com a extinção dos equipamentos.
Caldeiras ou geradores de vapor são equipamentos térmicos que transformam água no estado líquido em vapor, para isso é utilizado calor resultante da queima de combustíveis, neste caso o óleo xisto. Durante o processo, a queima do óleo resulta em emissão de partículas no meio ambiente. “Com o desligamento das caldeiras, resolvemos um grande problema, que era a emissão de poluentes no ar e no solo”, explica o engenheiro Sergio Lacerda, ao afirmar que esse foi um grande salto para a universidade.
A proposta foi adquirir e adaptar equipamentos alimentados por vapor, substituindo por equipamentos tecnologicamente mais eficientes e alimentados com combustível a gás e elétrico. Dessa forma, o projeto levou à modernização dos equipamentos das áreas que eram atendidas pelas caldeiras. “Percebemos que o consumo de vapor no hospital foi sendo reduzido, assim não havia mais a necessidade de continuarem ligadas”, afirma Sergio.
A redução do consumo se deu principalmente com a desativação do serviço de lavanderia (que era o maior consumidor de vapor), com a diminuição da produção de alimentação pela Divisão de Nutrição e Dietética, pela desativação da autoclave do lactário e também pela redução de pontos de consumo de água quente.
O projeto desenvolvido em 2011, surgiu com o recebimento de um Auto de Infração da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) no ano de 2010, em que foi verificada e emissão de poluentes. Foi determinado como prazo para a regulamentação das atividades, maio de 2015. As mudanças feitas até o momento se referem à primeira fase. Em seguida o Parque de Combustíveis do hospital será desmobilizado para a descontaminação do solo, causada pelo óleo xisto.
Os três geradores desligados possuem ano de fabricação em 1978, e estavam em funcionamento no hospital desde 1985. “Além da questão ambiental, com 25 anos de uso, concluímos que já estavam com vida útil no fim”, disse Sergio.