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O Dia Mundial da Visão foi criado através de uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) junto a Agência Internacional para a prevenção da Cegueira (sigla em inglês, IAPB), com o objetivo de evitar a cegueira. Desde 1999, a data é comemorada na segunda quinta-feira do mês de outubro, neste ano lembrada hoje (08). Neste ano, o tema abordado é o tratamento da retinopatia diabética, conhecida popularmente como Olho Diabético.

De acordo com dados do Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil cerca de 6,5 milhões de pessoas possui algum tipo de problema de visão, deste número 582 mil são cegas e as outras 6 milhões é deficiente visual. Já no mundo, a OMS estima que 39 milhões de pessoas sejam cegas e outros 220 milhões deficientes visuais.

Segundo o oftalmologista professor Carlos Eduardo Leite Arieta, o maior índice de problemas relacionados à visão ocorre a partir dos 50 anos de idade. “Em 2004, nos fizemos um estudo de base populacional em Campinas, que determinou que o maior índice ocorre na população acima de 50 anos e o índice chega a 1,9% da população. A primeira causa é a catarata não operada, uma cegueira recuperável. Após ela, as doenças da retina são as mais frequentes, dentre elas a retinopatia diabética, que é irreversível”, afirma o oftalmologista.

Arieta alerta que grande parte das doenças oculares é silenciosa e progressiva, ou seja, quando a pessoa identifica sinais, o estágio já está avançado e o tratamento já não é mais tão eficiente. “A maioria dos casos, o problema já está ali, mas não tem nenhuma alteração visual. Por exemplo, quem é diagnosticado com diabetes, já sabe que vai conviver com a doença pelo resto da vida, então após 10 anos, o paciente deve fazer anualmente o exame de fundo de olho. Assim as chances de tratamento são mais eficientes e mais baratas, como tratamentos cirúrgicos, aplicação de raio laser e de outros medicamentos quando necessário”, aponta.

Além dessa investigação frequente de diabéticos, Carlos Arieta orienta que pessoas acima de 50 anos realizem exames oftalmológicos. “A partir de uma certa idade deve ser rotina procurar um oftalmologista. Não se deve esperar por um sintoma, porque quando você estiver sentindo algo, já pode ser tarde”, recomenda.

Oftalmologia no HC

O ambulatório de Oftalmologia do Hospital de Clínicas da Unicamp é o maior dentre especialidades, com média diária de 500 atendimentos. São atendidos casos de baixa complexidade, como refração ocular, até o tratamento completo de doenças como a retinopatia diabética e Glaucoma. Também são oferecidos tratamentos de catarata adulta e infantil, descolamento de retina, degeneração senil do macro e transplante de córnea.

O ambulatório também oferece atendimento especializado a casos de visão subnormal, ou seja, quando grande parte da visão é comprometida e não pode ser corrigida com o uso de óculos, auxiliando o paciente na adaptação a rotina diária.

Caius Lucilius com Gabriela Troian
Assessoria de Imprensa do HC Unicamp

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