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O ambulatório de Dermatologia do Hospital de Clínicas da Unicamp realizou no sábado (26/11), o mutirão de orientação e diagnóstico de câncer da pele (manchas, pintas ou lesões). A atividade foi aberta ao público em geral e fez parte da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele, promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). O atendimento ocorreu das 9h até as 15 horas no Ambulatório de Dermatologia do hospital. Em 2015, cerca de 300 pessoas compareceram ao evento, sendo diagnosticados entre 40 a 50 casos de câncer.

A campanha ocorre há mais de 17 anos em todos os serviços de dermatologia credenciados à SBD do país,  e o objetivo é disseminar informações sobre a importância do câncer de pele, os riscos, o diagnóstico precoce e as formas de prevenção.

De acordo com a dermatologista Juliana Massuda, o câncer de pele é o tipo mais frequente no mundo todo. “O câncer de pele é uma alteração da pele que seria normal, ou seja, ela é modificada por efeitos nocivos, principalmente da exposição solar. Quando há uma modificação da célula saudável, inicia-se uma proliferação exagerada e anormal. Esse aumento exagerado em geral fica restrito só a pele, mas alguns tipos de cânceres na verdade podem adentrar a circulação e começar a gerar metástases”.

Segundo estatística do Instituto Nacional de Câncer (INCA), estão previstos 80.850 casos novos de câncer de pele não melanoma nos homens e 94.910 nas mulheres no Brasil, em 2016. Quanto ao melanoma, sua letalidade é elevada, porém sua incidência é baixa (3.000 casos novos em homens e 2.670 em mulheres).

Os grupos de maior risco são os do fototipo I e II, pessoas com a pele clara, sardas, cabelos e olhos claros. “Os sintomas principais são lesões em geral assimétricas, que podem formar uma ferida ou úlcera central, as quais os pacientes referem que coçam, sangram facilmente e que nunca cicatrizam. São lesões que levam geralmente dois a três meses para ter um crescimento perceptível”, explica Juliana.

Ele tem diferentes tipos, como o carcinoma basocelular, o mais frequente, que corresponde a 70% da incidência registrada. Esse tipo de câncer está diretamente ligado a exposição aos raios ultra-violetas acumulada durante a vida. Assim, é comum seu surgimento se dar após os 40 anos. Tem baixa letalidade, e pode ser curado em caso de detecção precoce. Surge com frequência em regiões mais expostas ao sol, como face,orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Pode se desenvolver também nas áreas não expostas, ainda que mais raramente.

O carcinoma espinocelular é o segundo tipo mais comum. Manifesta-se nas células escamosas, que constituem a maior parte das camadas superiores da pele. Pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol. É duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres. Além da exposição prolongada e sem proteção ao sol, o tabagismo também é um fator que contribui para o surgimento desse tipo de câncer.

O tipo mais nocivo é o melanoma, cujo diagnóstico e tratamento precoce são determinantes para a cura (em 90% dos casos), e quando não tratado, pode levar à morte. É o menos frequente dentre todos os cânceres da pele. Os principais sintomas são o crescimento de manchas na pele, com aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida; o surgimento de uma pinta preta ou castanha que muda de cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho; ou ainda, uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.

As orientações para prevenção da doença incluem evitar a exposição excessiva e sem proteção à radiação ultravioleta, principalmente no período entre 10 e 16 horas. No caso de exposição ao sol, recomenda-se o uso de chapéus e protetor solar, que deve ser reaplicado a cada duas horas e com fator de proteção solar de no mínimo 30.

Massuda alerta que o evento será uma oportunidade para a população cuidar da pele. “A grande importância para a população de uma forma geral é que o câncer de pele, quando detectado precocemente, tem um dos maiores índices de cura existentes. Será importante, pois além de constatarmos previamente as lesões nos exames realizados, serão passadas todas as orientações necessárias quanto a exposição solar e os sinais de alerta que devem ser observados”, explica.

O atendimento será feito por alunos da graduação em medicina da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, residentes em dermatologia, médicos assistentes da disciplina e docentes do curso. Não há necessidade de encaminhamento ou agendamento prévio.

Serviço:
Campanha contra o Câncer de Pele – Informações sobre a doença e exame gratuito da pele
Dia: 26 de novembro (sábado)
Local: Ambulatório de Dermatologia do HC – 3º andar – faixa rosa
Horário: 9h às 15h

Leia a matéria no Jornal Correio Popular

HC e Celso Pierro promovem campanha

Caius Lucilius com Isabela Mancini – Assessoria de Imprensa HC

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