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A Unicamp e PUC-Campinas promoveram nos dias 24 e 25 de março, o III Encontro de Ex-residentes em Reumatologia para discutir avanços em diagnósticos e tratamentos de doenças reumáticas. O evento, que aconteceu no Quality Resort & Convention Center, em Itupeva, e reuniu cerca de 110 médicos formados pelas duas universidades que atuam em todo país.

Durante o evento científico foram apresentados estudos e pesquisas sobre condutas e medicamentos de última geração para várias doenças reumáticas como artrite reumatoide, espondiloartrites, lúpus, osteoporose, osteoartrite, reumatismo de partes moles e vasculites. Nesta edição também contou com uma palestra sobre indicações cirúrgicas na osteoartrite.

A qualidade de vida para pacientes com doenças reumatológicas tem melhorado significativamente com novas abordagens clínicas e com as novas drogas, entre elas os agentes biológicos que atuam em nível celular e ajudam na superação da limitação das atividades rotineiras como se vestir ou tomar banho, já que atuam na ação contra o processo inflamatório.
“As novas técnicas para o diagnóstico e tratamento são tendências cada vez mais próximas da realidade dos hospitais brasileiros e a atualização científica e a troca de experiências durante o evento são fundamentais para alcançarmos esse patamar”, explica um dos coordenadores do evento, o professor Manoel Barros Bertolo, da FCM-Unicamp, que moderou uma aula sobre artrite reumatoide.

Para o professor Rubens Bonfiglioli da PUC-Campinas, também na coordenação do evento, muitas dessas doenças são de evolução crônica e necessitam tratamento prolongado, mas a evolução e o prognóstico são muito variáveis, de doença para doença e de paciente para paciente, assim ao contrário do que se diz popularmente não é uma “doença de velho”, mas sim pode também acontecer em qualquer idade, inclusive em crianças recém-nascidas.

Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia, George Basile Christopoulos, o evento foi uma atualização científica importante com temas práticos e boa troca de experiências na abordagem de doenças reumatológicas. “Este é evento científico consolidado no calendário nacional da reumatologia”, pontuou Christopoulos.

A palestra de abertura do evento foi feita pelo professor Adil Muhib Samara e abordou um pouco da história da residência médica em reumatologia na Unicamp e na Puccamp. O ano era 1972 quando foi ao reitor da Unicamp, Zeferino Vaz, pedir a contratação de um médico para ajudar na implantação da residência. “Não era fácil falar com ele, mas consegui e chamei o João Francisco para me ajudar e vejo que até hoje ele continua”.

A Unicamp, diz, foi um estímulo para o surgimento de outros centros Brasil afora. Em relação à especialidade, Samara recorda que há 50 anos ser um rematologista era uma “petulância” entre a sociedade, devido à complexidade das doenças e as exigências para se evidenciar as patologias. “Se hoje muito dos avanços da reumatologia em diagnósticos e tratamentos é largamente apoiado por exames de imagens como ultrassonografia, tomografia, ressonância ou PET-CT, imagina nossa dificuldade quando nada disso existia”, lembra Samara.

A disciplina de Reumatologia da Unicamp possui quatro médicos residentes todos os anos e a PUC-Campinas conta com dois médicos residentes. O III Encontro de Ex-residentes em Reumatologia contou com apoio institucional da Sociedade Paulista de Reumatologia e das empresas Abbvie, Janssen, Pfizer, Novartis, Roche, Bristol-Myers Squibb, Sanofi e GlaxoSmithKline.

Caius Lucilius – Assessoria de Imprensa HC

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