Conteúdo principal Menu principal Rodapé

Os pesquisadores holandeses Thomas Janssen (VrjeUniversity Amsterdam) e Marije Baart de la Faille (Inholland University) estiveram no HC da Unicamp, para conhecer as atividades do Laboratório de Reabilitação Motora do Departamento de Ortopedia e Traumatologia (DOT) da FCM. Os pesquisadores integram um projeto de cooperação internacional, entre a Fapesp e a Agência Holandesa de Pesquisa Científica (NWO), para pesquisas sobre reabilitação de lesões de medula e amputações por trauma. A Unicamp e a USP-São Carlos integram o projeto, que dispõem de EUR 700.000,00 euros para quatro anos de estudos.

O projeto inédito no país, denominado “modelagem biomecânica e coleta de dados de avaliação clínica com inovações tecnológicas para restauração de movimento e desempenho esportivo para pessoas com deficiência”, foi assinado em janeiro pelas duas agências de fomento. Os pesquisadores holandeses permaneceram três dias no Brasil, um deles visitando o HC. Aqui, foram recebidos pelo professor Alberto Cliquet Júnior e pelo chefe do DOT professor Rodrigo Pagnano, entre outros médicos e docentes.

De acordo com Cliquet, coordenador do projeto internacional, os pesquisadores conheceram pacientes com paraplegia e tetraplegia e um pouco da rotina assistencial do Laboratório de Reabilitação Motora. Também participaram de um workshop com discussão de 10 casos apresentados por alunos de pós-graduação orientados por Cliquet. “A impressão deles foi muito boa e ambos disseram que gostariam que pacientes holandeses tivessem acesso ao que é feito aqui no Hospital de Clínicas da Unicamp”, disse Cliquet.

Segundo o professor Cliquet, o projeto de pesquisa prevê a destinação de cerca de R$ 1,5 milhão para infra-estrutura, aquisição de equipamentos e bolsas de intercâmbio. Um dos destaques em tecnologia de reabilitação, diz, será o sistema de monitoramento do movimento “The MotionMonitor” que permite análise de movimento, preensão, equilíbrio (mão, pé, coluna) e avaliação de forças e momentos nas articulações em pacientes com tetraplegia e paraplegia. O equipamento custa cerca de R$ 600 mil e será importado de Chicago (EUA) devendo estar no HC até o final do ano.

Outro objetivo do projeto com a incorporação do sistema ao laboratório é coletar, processar e visualizar graficamente ou em animação, os dados do diagnóstico funcional dos pacientes, possibilitando aos pesquisadores avaliações precisas com rastreadores magnéticos, hardware de Realidade Virtual, dispositivos tácteis, câmeras de alta resolução entre outros. “Com o equipamento será possível atender pacientes e fomentar pesquisas ao mesmo tempo. Essa integração não existe em nenhum lugar do mundo, porque esse equipamento será montado especificamente para o hospital”, assegura Cliquet.

O projeto NWO-FAPESP surgiu em março de 2016 durante a realização, em São Paulo, de um evento promovido pela FAPESP sobre Pesquisa, Esportes e Vida Saudável com diversos pesquisadores brasileiros e estrangeiros. Na ocasião, os atuais integrantes do projeto foram palestrantes e debateram oportunidades de colaboração em pesquisa, com foco em novos paradigmas em campos como esportes, exercícios físicos, desempenho, ciências de dados, prevenção e reabilitação, dentro de programas apoiados pela FAPESP e pela agência holandesa NWO.

Missão ao Brasil – Os pesquisadores Thomas Janssen (VrjeUniversity Amsterdam) e Marije Baart de la Faille (Inholland University) integraram uma missão oficial holandesa, que veio ao país para participar de congressos científicos e da maior feira do setor hospitalar realizada na América Latina. Foram mais de vinte organizações que apresentaram aos participantes do evento, uma pluralidade de soluções em tecnologia, projetos de sucesso em educação e pesquisa, além de produtos e serviços voltados para a cadeia de saúde em geral. Em São Paulo, Alberto Cliquet acompanhou os pesquisadores ao estande Health~Holland, sendo recebido pelo embaixador no Brasil, Han Peters (foto).

Considerado pela sexta vez o país com a melhor gestão em saúde da Europa, em um ranking de mais de 30 países selecionados pelo Euro Health Consumer Index, a Holanda contou com um pavilhão próprio. Nesse estande laranja, Health~Holland, estiveram cinco universidades e centros médicos universitários reconhecidos pela alta capacidade no desenvolvimento de pesquisa aplicada, bem como inúmeras empresas líderes em gerenciamento de dados médicos, vários fabricantes de produtos e equipamentos médico-hospitalares de ponta, além de instituições responsáveis pela criação de propostas inovadoras relacionadas ao tema saúde.

Caius Lucilius e Caroline Roque Assessoria de Imprensa do HC

Ir para o topo