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Em comemoração ao Dia Nacional de Combate ao Fumo, lembrado neste dia 29 de agosto, o Ambulatório de Substâncias Psicoativas, ASPA – Tabagismo, do Hospital de Clínicas da Unicamp, informa novo dia e horário de atendimento para as pessoas que desejam abandonar o vício. O grupo motivacional realiza reuniões todas as quartas-feiras, às 07h30, no ambulatório de Psiquiatria do HC.

“Os fumantes que desejam parar de fumar podem nos procurar no ambulatório, as portas para quem quer deixar o vício estão abertas”, afirma Celina Matiko Hori Higa, enfermeira do ambulatório. O atendimento é realizado por uma equipe multiprofissional composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, terapeuta ocupacional e dentista, que trabalham com abordagens intensivas aos fumantes, informando e esclarecendo riscos relacionados ao fumo e à dependência da nicotina.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é a principal causa de morte evitável no planeta, sendo considerado, portanto, um problema de saúde pública. Estima-se que cerca de 200 mil pessoas morram todo o ano no Brasil em decorrência do fumo. Esse valor salta para quase cinco milhões em perspectiva mundial.

Após ser absorvida, a nicotina atinge o cérebro entre sete e 19 segundos, liberando substâncias químicas para a corrente sanguínea que levam a uma sensação de prazer e bem-estar. Essa sensação faz com que os fumantes usem o cigarro várias vezes ao dia.

O cigarro, assim como outros derivados do tabaco, não possui uma quantidade segura de consumo. Somente na fumaça do produto, por exemplo, são encontrados mais de 4.700 substâncias tóxicas. O alcatrão e a nicotina são alguns exemplos dessas substâncias maléficas ao organismo. A nicotina age como estimulante do sistema nervoso central; eleva a pressão sanguínea e a frequência cardíaca; diminui o apetite e pode desencadear náuseas e vômitos. Já o alcatrão, que é formado por várias substâncias, está ligado a doenças cardiovasculares, câncer, entre outras.

Riscos
São muitos os problemas de saúde que o tabagismo pode causar, dentre os quais, destacam-se: infarto do miocárdio, enfisema pulmonar, derrame, câncer de pulmão, traqueia, laringe e brônquio; impotência sexual no homem, infertilidade da mulher, hipertensão e diabetes. Estima-se que aproximadamente 90% das pessoas que desenvolvem câncer de pulmão apresentem como fator responsável o fumo, sendo importante destacar que as chances de cura para essa doença são bastante baixas.

É válido lembrar que as pessoas que não fumam diretamente também correm sérios perigos. Os chamados fumantes passivos, quando comparados a grupos que não possuem contato com o tabaco, possuem risco aumentado de desenvolver câncer de pulmão e doenças cardiovasculares e respiratórias, como a asma e pneumonia. Além disso, bebês de mães fumantes podem nascer prematuramente ou então apresentarem baixo peso após o nascimento.

O uso constante do tabaco pode causar dependência em virtude da presença de nicotina, que, além de todos os malefícios já citados, ainda é capaz de causar dependência similar àquela provocada pela cocaína. Isso faz com que parar de fumar torne-se um grande problema, que pode até mesmo não ter solução. Para aqueles que pretendem parar de fumar, o Sistema Único de Saúde (SUS) garante tratamento gratuito, disponibilizando medicamentos, além de fornecer acompanhamento profissional.

Vale destacar que, após o uso do cigarro ser interrompido, o corpo pode recuperar-se dos danos causados pelo fumo, portanto, os prejuízos podem ser remediados. Acredita-se que após um ano sem fumar, os riscos já comecem a diminuir. Em relação aos riscos de infarto e câncer, estima-se que após 10 anos os indivíduos passem a ter os mesmos riscos de desenvolver essas doenças que uma pessoa que nunca fumou.

Dia Nacional de Combate ao Fumo
Criado em 29 de agosto de 1986, pela Lei Federal 7.488, o Dia Nacional de Combate ao Fumo tem como objetivo reforçar as ações sociais de sensibilização e mobilização da população para os problemas causados pelo tabaco. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o tabagismo como a dependência da droga nicotina, presente em qualquer derivado do tabaco, seja cigarro, cigarrilha, charuto, cachimbo, cigarro de palha, fumo de rolo ou narguilé.

Caius Lucilius com Caroline Roque e Juliana Castro
Assessoria de Imprensa do HC

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