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O HC da Unicamp e a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC) promoveram, na quinta-feira (16/11), a Campanha “CORAÇÃO NA BATIDA CERTA”. O evento foi aberto ao público e aconteceu das 13h às 17h, na rampa de acesso ao hospital, no 3º andar. A ação teve a missão de alertar a população sobre os principais sintomas, prevenção e tratamento das arritmias cardíacas. A campanha foi coordenada pelos médicos da Disciplina de Cardiologia da FCM, Márcio J. Oliveira Figueiredo, Fernando Piza de Souza e Priscila Cannavan , em conjunto com a liga de cardiologia de enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Unicamp e residentes da cardiologia-arritmia. No HC são atendidos em média, 160 pacientes por mês que fazem acompanhamento no ambulatório de cardiologia-arritmia.

Para o professor Márcio Figueiredo, médico do HC, a campanha é importante para esclarecer dúvidas e mostrar a importância da prevenção e diagnóstico precoce. “Como toda campanha, nosso propósito é de conscientizar a população. Em muitos casos, o paciente não sabe que possui arritmia e o quadro pode até se agravar. Porém, se ele tem o hábito de realizar visitas regulares ao médico, uma vez diagnosticado, o paciente poderá ser encaminhado a um especialista em arritmias cardíacas para escolher a melhor forma de tratamento e fazer o acompanhamento adequado”, afirma o especialista.

A arritmia cardíaca é uma alteração que ocorre na geração ou na condução do estímulo elétrico do coração e pode provocar modificações no ritmo cardíaco. A doença pode ocorrer em pessoas saudáveis ou com predisposição genética, mas muitas vezes aparece em pessoas com fatores de risco que podem ser prevenidos, como hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, alterações nas valvas cardíacas ou disfunção da glândula tireóide. Indivíduos diagnosticados com taquicardia, bradicardia ou que já apresentam problemas cardíacos, como infarto e insuficiência cardíaca, estão no grupo de maior risco. Quando não diagnosticada e tratada corretamente, a doença pode provocar parada cardíaca, doenças no coração e a morte súbita.

A morte súbita cardíaca ocorre de forma instantânea e inesperada, causada pela perda da função do músculo cardíaco. Geralmente, está associada a dois tipos de miocardiopatia: hipertrófica, quando há um aumento no tamanho do músculo cardíaco e que causa arritmia; e displasia arritmogênica do ventrículo direito, quando as células do músculo cardíaco morrem e são substituídas por células gordurosas, sem relação com a alimentação.

De modo geral, qualquer pessoa pode ser diagnostica com arritmia cardíaca, independentemente de faixa etária, sexo ou condição socioeconômica. As arritmias cardíacas podem acometer recém-nascidos, jovens saudáveis e esportistas. Tem alta incidência na população brasileira, sobretudo entre idosos. Segundo dados da Sobrac, este descompasso no coração acomete mais de 20 milhões de pessoas e é responsável por mais de 320 mil mortes súbitas todos os anos no Brasil. Ou seja, um em cada dez brasileiros tem algum tipo de arritmia e isso precisa não apenas de atenção, mas de prevenção.

O diagnóstico médico ocorre durante exame cardiológico, com medição do pulso e ausculta do coração. O sintoma mais comum é a palpitação, mas outros sinais importantes de uma arritmia cardíaca são desmaio (com recuperação rápida, espontânea e sem alterações motoras), tonteira, falta de ar, mal-estar, fraqueza, fadiga, entre outros. Confusão mental, pressão baixa, dor no peito e desmaios são os sintomas que indicam maior gravidade e precisam, muitas vezes, de atendimento médico de urgência.

Para saber mais sobre a Campanha “Coração na Batida Certa” e obter informações sobre arritimia cardíaca, acesse: http://www.sobrac.org

Caius Lucilius com Juliana Castro
Assessoria de Imprensa do HC Unicamp

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