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O Laboratório de Pesquisa em AIDS (LPAIDS) do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp comemorou na última sexta-feira (10-08), 30 anos de funcionamento. O evento ocorreu no anfiteatro cinco da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), que contou ainda com o VII Curso de Atualização de Procedimentos para Realização de Quantificação de RNA Viral HIV1 e Contagem de Linfócitos T CD4+/CD8+ da Unicamp.

O laboratório foi criado em 1988 com o objetivo de desenvolver diagnósticos sorológicos ao SUS (Sistema Único de Saúde). Com o tempo, a fim de verificar o tipo de resistência dos pacientes às drogas antirretrovirais, usadas para o tratamento da AIDS, o laboratório entrou para a rede de fenotipagem, assim, os diagnósticos foram descentralizados para as instituições dos estados e municípios.

O coordenador do Laboratório de Pesquisa em Aids, Francisco Aoki, deu as boas-vindas aos participantes do evento, que reuniu centenas de representantes dos Diretorias Regionais de Saúde (DRS) de Campinas e São João da Boa Vista, além de professores, pesquisadores e funcionários da Unicamp.

A mesa de abertura do evento contou com a participação também de Ronaldo de Almeida Coelho, do Ministério da Saúde; Manoel Barros Bertolo, diretor da Diretoria Executiva da Área da Saúde; Plínio Trabasso e coordenador da Área de Assistência do Hospital de Clínicas da Unicamp.

“Esses 30 anos do Laboratório de Pesquisa em Aids representam uma história de coragem e protagonismo. Coragem por assumir uma posição de liderança na assistência a uma doença com estigma social devastador. E protagonismo na prestação de serviços à comunidade e formação de recursos humanos”, disse o coordenador da Comissão de Extensão da FCM, Rodolfo de Carvalho Pacagnella, durante a mesa de abertura do evento.

Atualmente, o LPAIDS faz um treinamento para 46 cidades da região, abordando técnicas de coleta, armazenamento, transporte e entrega dos materiais em condições adequadas de temperatura, realizam um trabalho através da monitorização dos pacientes tratados da infecção de HIV com os antirretrovirais, sendo possível verificar a quantificação de carga viral, ou seja, se está surtindo efeito com o tratamento ou não. A contagem de linfócitos e de glóbulos brancos podem dizer se o sistema imunológico do indivíduo está se recuperando.

“O Laboratório de Pesquisa em Aids é uma das faces da Unicamp em que a mistura de pesquisa e desenvolvimento de alta excelência se transforma em extensão e prestação de serviços à sociedade. A Universidade tem orgulho da dedicação de todos os protagonistas e funcionários que fazem parte da história do laboratório”, disse Joaquim Murray Bustorff Silva, chefe de gabinete da Reitoria da Unicamp.

Hoje, o Laboratório de Pesquisa em Aids monitora dois mil pacientes por mês atendidos pelas regionais de saúde de Campinas e São João da Boa Vista e realiza mais de três exames por mês. Recentemente, o Laboratório de Hepatites Virais incorporou-se ao Laboratório de Pesquisa em Aids (DST, Aids e Hepatites) num modelo proposto pelo Ministério da Saúde.

“É com muita alegria que conseguimos fazer a união desses dois laboratórios. Isso tornando a rotina de assistência e da pesquisa muito mais ágil para os usuários e funcionários”, revelou a docente Raquel Stucchi, coordenadora do Hospital Dia da Unicamp e do Laboratório de Hepatites Virais.

O infectologista da Unicamp, Francisco Aoki, ressalta a importância do VII Curso de Atualização de Procedimentos para Realização de Quantificação de RNA Viral HIV1 e Contagem de Linfócitos T CD4+/CD8+, além das mesas-redondas sobre Hepatites Virais. “É essencial treinarmos e usarmos a melhor técnica possível do ponto de vista assistencial para que a fase de realização do exame dentro do laboratório seja adequada”, diz Aoki.

Segundo o Ministério da Saúde, de 1980 a 2017 foram notificados no SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), declarados ao SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade) e registrados no SISCEL/SICLOM por ano de diagnóstico 882.810 mil casos de AIDS.

“É necessário fazer o diagnóstico das hepatites virais, porque quanto mais precoce for o tratamento, mais eficaz serão os resultados. Daqui a pouco não teremos mais pacientes com hepatite C, cirrose, esperamos que por essa causa não ocorram mais os transplantes hepáticos”, finalizou Francisco Aoki.

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Caius Lucilius com Beatriz Bittencourt – Assessoria de Imprensa HC e Edimilson Montalti FCM

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