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Acaba de ser lançado durante o Encontro de Reumatologia Avançada, em São Paulo, a 5ª edição do livro Reumatologia: Diagnóstico e Tratamento, que tem entre os autores, o professor Manoel Barros Bértolo, diretor executivo da Área da Saúde da Unicamp. A publicação tem ainda a participação dos docentes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Marco Antônio P. Carvalho, Cristina Costa Duarte Lanna e Gilda Aparecida Ferreira.

A obra conta com 53 capítulos distribuídos em 814 páginas, que abrangem conceitos básicos sobre o sistema imune e a patogênese das doenças reumáticas, epidemiologia, manifestações clínicas e os avanços no diagnóstico e tratamento. A aquisição do livro pode ser feita diretamente na editora através do site www.grupogen.com.br que é especializada em publicações médicas científicas.

Segundo Manoel Bértolo, atualmente são reconhecidas e classificadas mais de 150 doenças reumáticas, que afetam milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, elas são consideradas a terceira principal causa de incapacidade física e afastamento temporário ou definitivo do trabalho.

“A revisão cuidadosa do último livro tornaram esta edição mais moderna e mais adequada para atender interessados sejam eles estudantes de medicina, reumatologistas, clínicos gerais e profissionais de saúde que atendem pessoas com queixas musculoesquelético localizados ou como parte de doenças sistêmicas”, esclarece Bértolo.

Um dos temas do evento e do livro é a artrite reumatoíde, que afeta aproximadamente de 0,5% a 1% da população brasileira, o que leva o País a ter um índice de pelo menos 900 mil pacientes com a doença. Incurável, a enfermidade é crônica, inflamatória e atinge as articulações e as membranas que envolvem alguns órgãos.

“A evolução da medicina em diagnóstico e tratamento está cada vez mais próxima da minimização dos impactos das doenças”, ressalta. Bertolo conta como a evolução dos tratamentos tem crescido por exemplo com a artrite reumatoide que desde 2017, pacientes do SUS passaram a contar com mais uma medicação importante que é o citrato de tofacitinibe. A indicação do medicamento, diz, é direcionada a pacientes adultos com artrite reumatoide ativa, moderada a grave, com resposta inadequada a um ou mais medicamentos modificadores do curso da doença.

Nesse cenário, os medicamentos – em especial os biológicos – representaram um grande avanço, pois a maioria evoluiu de drogas somente sintomáticas para drogas modificadoras da evolução de doença. De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia no país estima-se que existam mais de 15 milhões de pessoas acometidas por doenças reumáticas.

A artrite reumatoide é uma doença autoimune, inflamatória, sistêmica e crônica. No Brasil, um estudo de 2004 mostrou prevalência de 0,46%, representando quase um milhão de pessoas com essa doença. A incidência da doença artrite reumatoide aumenta com a idade e o maior pico é entre os 30 e 50 anos.

O sexo feminino é o mais acometido pela doença, cerca de duas a três vezes em relação ao sexo masculino. Se não forem tratadas, 20 a 30% das pessoas com artrite reumatoide ficam permanentemente incapazes de realizar suas atividades, após três anos do diagnóstico.

Caius Lucilius com Nicole Almeida – Assessoria de Imprensa HC

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