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O Hospital de Clínicas da Unicamp e o Hospital Sírio Libanês formalizaram nesta quarta-feira (12-02), a implantação do Projeto Lean nas Emergências sob a coordenação do Ministério da Saúde através do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS – Proadi. O principal objetivo é reduzir a superlotação do serviço de urgência e emergência com uso de metodologias de melhor gestão, mapeamento de processos e planos de ação. 57 hospitais no país já passaram pelo projeto.

A adesão do Hospital de Clínicas ao Projeto Lean nas Emergências ocorreu no ano passado e em seguida já foram realizadas visitas de auditoria para o primeiro diagnóstico de demanda e capacidade. Após a formalização de um relatório, o Comitê de Escolha do Ministério incluiu a Unicamp nesse 4º Ciclo que começou oficialmente na quarta-feira (fotos). Outros 39 hospitais integram esse 4º Ciclo.

Integraram a primeira reunião que aconteceu no auditório da superintendência, o coordenador do Projeto Lean nas Emergências do Hospital Sírio Libanês, engenheiro de produção Juvenal Candido da Silva Neto, o médico Rasivel dos Reis Santos Jr e o engenheiro de produção Jean Cleber Chini. A reunião foi presidida pelo superintendente Antonio Gonçalves de Oliveira Filho.

Segundo Rasivel dos Reis Santos Jr, a partir de agora serão nove visitas durante seis meses. Para a próxima visita, diz, os auditores do Hospital Sírio Libanês já deverão avaliar os indicadores 5S (Senso de utilização, organização, limpeza, padronização e auto-disciplina). “Acredito que já na próxima visita tenhamos alguns efeitos do 5S que discutimos”, comenta Santos Jr. Em cada visita serão discutidos os indicadores.

Dentro do Projeto Lean, diversas medidas serão implementadas para otimizarem a eficiência dos processos e agilidade dos fluxos, que tem foco nas altas e admissões de pacientes, que começa na Unidade de Emergência. Entre as ferramentas que ajudarão no diagnóstico estão a de tempo de passagem com internação e tempo de passagem sem internação; NEDOCS um score que calcula superlotação; a taxa de mortalidade e o tempo médio de internação.

O engenheiro Juvenal Candido da Silva Neto apresentou os ganhos anuais nos hospitais avaliados nos três anos de projeto. Os três ciclos conseguiram uma redução de lotação nas emergências de 37%. Já a passagem de pacientes caiu em 33% e as vagas de internação cedidas chegaram a 5700 por mês. Graças as mudanças de processos e fluxos nessas instituições, surgiram 4500 mês atendimentos a mais nas urgências além de uma redução expressiva nas taxas de mortalidade, bem como a redução de desperdícios – materiais e humanos.

O médico Rasivel reforca que a gestão do tempo no processo de chegada do paciente começa pela emergência, mas demanda apoio de várias áreas como laboratório, radiologia, enfermarias e UTI. “As causas da superlotação nas emergências são diversas, porém, a melhoria continua e o mapeamento dos processos internos fortalecerão ainda mais, a tomada de decisões rápidas para tirar pacientes da emergência como nos casos de AVC, infarto ou trauma”.

Para o superintendente do HC da Unicamp, professor Antonio Gonçalves de Oliveira Filho, essa é uma medida que vai ajudar a instituição a incorporar o “estado da arte”⁶ em medicina hospitalar, agregando valor sobre a ótica do paciente. “Estaremos incorporando medidas cada vez mais eficazes em cenários que causam prejuízos financeiros, no tratamento e na evolução dos pacientes. Vamos colher bons frutos com esse projeto Lean”, destaca Toninho.

O Projeto Lean nas Emergências vai tornar comum entre os profissionais do hospital, o domínio de ferramentas facilitadoras de processos conhecidas no setor privado como os diagramas de Pareto, “espaguete”, mapa de fluxo de valor, Ishikawa, matriz de esforço/impacto, por exemplo. Após os seis meses de mapeamento de processos e plano de ação, a equipe do Hospital Sírio Libanês acompanhará por 12 meses os indicadores.

Caius Lucilius 
Assessoria de Imprensa do HC Unicamp

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