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O ano de 2020, para os membros do Diretório Científico (DC) Adolfo Lutz da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, certamente foi um grande desafio. Além do contexto tão atípico e preocupante por conta da pandemia de Covid-19, com isolamento social, ensino à distância, contextos familiares adversos e outros, eles tinham a responsabilidade de manter as atividades do DC e, principalmente, organizar o Congresso Médico Acadêmico da Unicamp (CoMAU), evento tradicional e muito aguardado por alunos, professores e funcionários da faculdade.

“Em meados de abril e maio, após algumas reuniões, ficou clara a inviabilidade de realizarmos o evento de maneira presencial, o que nos deixou, basicamente, com duas opções: cancelar o evento ou realizá-lo de forma on-line. Optamos pela segunda saída, cientes do compromisso e desafio que estaríamos firmando dali para frente, até outubro”, revela Daniely Miwa Hata Sakai, presidente do XXIX CoMAU.

De acordo com Daniely, um dos grandes diferenciais da edição de 2020 do CoMAU foi a finalidade do congresso. “Para nós, seria mais simples e cômodo desenvolver este projeto de forma gratuita, visto que o alcance e a visibilidade seriam muito maiores. No entanto, assumimos o compromisso de ajudar o Hospital das Clínicas da Unicamp a vencer sua crise financeira”, conta a estudante do curso de Medicina da FCM.

A comissão organizadora estipulou um valor simbólico de R$ 10 reais para a inscrição no congresso. O valor final arrecadado durante congresso que acoteceu de 14 a 17 de outubro será integralmente destinado ao Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp.

De acordo com Felipe Silvestre Kaibara, que dividiu a presidência do XXIX CoMAU juntamente com Daniely, foram seis meses de trabalho muito intenso, uma infinidade de reuniões virtuais para idealizar e converter para online um evento que há 28 edições vem sendo feito de forma presencial. A XXIX edição do CoMAU demandou uma reformulação completa de todos os aspectos do congresso, algo que tirou os diretores do Diretório Científico de sua zona de conforto e provocou uma necessidade de inovação.

“Felizmente, o resultado foi muito acima do que imaginávamos. Foram mais de 800 inscritos no evento, quase três mil visualizações, cerca de 40 palestrantes que interagiram durante os quatro dias, de maneira gravada ou em mesas redondas no formato “live” e salas simultâneas, nas quais o participante podia optar pelo conteúdo de sua preferência. Além disso, todo o conteúdo ficará disponibilizado por 30 dias para todos os congressistas”, explica Felipe.

Para Cláudio Saddy Rodrigues Coy, médico cirurgião e diretor associado da FCM, o CoMAU de 2020 foi um marco, em vários aspectos. Segundo Coy, neste período de pandemia e muitas incertezas, os alunos tiveram a iniciativa e a coragem para organizar um evento “online”. Foi necessário buscar uma plataforma adequada e montar o programa neste novo formato.

“Tudo isso traduziu-se num grande sucesso de organização e com alto número de participantes, oriundos de todos os estados do Brasil. Além disso, a comissão organizadora demonstrou sensibilidade social com as palestras de abertura, proferidas pela professora Silvia Brandalise e pelo professor Rubens Bedrikow e com a doação dos recursos das inscrições do Congresso ao HC Unicamp. Esse foi um legado dessa edição do CoMAU e, sem dúvida, mais um motivo de orgulho para a FCM, proporcionado por seus alunos”, disse Coy.


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Texto: Edimilson Montalti
Assessoria de imprensa da FCM Unicamp

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