Pelo segundo ano seguido, devido à pandemia do novo coronavírus, as atividades da Campanha Nacional da Voz serão remotas e abertas a todos profissionais que trabalham com a voz e ao público em geral. A 23ª edição, em comemoração ao Dia Mundial da Voz, celebrado em 16 de abril, tem como slogan nesse ano “O que sua voz tem a dizer sobre sua saúde?”.
A campanha da semana da voz (12 a 16), promovida pela Academia Brasileira de Laringologia (ABLV), em parceria com a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, sempre aconteceu com o objetivo de fazer o diagnóstico precoce do câncer de laringe ou faringe, bem como o reconhecimento de outros distúrbios benignos da voz, como nódulos vocais e refluxo.
Segundo Graziela Semenzati, médica e coordenadora da ação, a pandemia fez com que várias pessoas deixassem de procurar atendimento médico, agravando problemas vocais pré existentes, postergando diagnóstico e retardando o tratamento. “Na live aberta ao público faremos uma sessão de perguntas com foco quanto aos problemas de voz que podem interferir na qualidade de vida e nas relações de trabalho”, ressalta.
Ela explica que o foco deste ano é a respeito do câncer de laringe, que pode ter como primeiro sintoma a rouquidão. Atendimentos suspensos e medo dos pacientes de irem ao médico, diz a médica da Unicamp, têm reduzido muito o diagnóstico do câncer de laringe, que quando descoberto em estágio mais precoce tem maior chance de cura com preservação da nossa voz e da respiração.
A médica reforça que, mesmo em o país estando em pandemia, se a pessoa apresentar dor na garganta que não melhora, rouquidão ou falhas na voz por mais de 15 dias, tosse, dor ou dificuldade para engolir, procure um atendimento médico.
