O primeiro desdobramento da reunião do superintendente do HC com o Secretário Executivo da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Eduardo Ribeiro, realizada no último dia 16 de junho, aconteceu nesta segunda-feira (05). Uma equipe de trabalho da SES, liderada pela médica Raquel Zaicaner, Diretora de Regulação da Coordenadoria de Regiões de Saúde (CRS) esteve durante a tarde no hospital, em reuniões e visitas técnicas na Unidade de Emergência Referenciada (UER), na área do Núcleo Interno de Regulação (NIR) e no ambulatório de oncologia.
Integraram a agenda, o gerente médico da Central de Regulação do Estado de São Paulo (CROSS), Napoli Guilherme; a diretora do Departamento Regional de Saúde (DRS7) Mirela Povinelli; a diretora de Planejamento da DRS7, Carla Fortuna e a assistente da CRS, Liliane Nascimento. “Sintam-se motivados a participar de um momento histórico, que a Secretaria está assumindo como meta a ser resolvida neste hospital”, enfatizou Zaicaner.
Participaram da reunião e visita pelo hospital, além do superintendente Antonio Gonçalves de Oliveira Filho, a diretora da UER Ana Paula Bepler, o professor Gustavo Fraga representando a cirurgia do Trauma, o professor José Barreto da oncologia, as enfermeiras Nilcilene Pinheiro Silva, coordenadora do NIR e Alessandra Nazareth Caine P. Roscani, coordenadora do Núcleo de Qualidade e Segurança em Saúde (NQSS) e Cecília Martins da Divisão de Ambulatórios.
Para a médica Raquel Zaicaner, o foco dessa primeira reunião foi a apresentação de dados da SES sobre a regulação de vagas pelo HC nos módulos COVID, Urgência e Emergência, oncologia e especialidades ambulatoriais. “Hoje demos o primeiro passo para traçarmos ações conjuntas nesta unidade, trazendo nossa expertise à disposição de vocês, especialmente na capacitação de profissionais para a regulação de vagas, faturamento correto e uso adequado das notificações em nossos sistemas”, comentou.
A representante do Secretário Executivo da SES também observou que a sinergia com a DRS7 será vital para a organização dos fluxos na regulação. “Não é possível que todo processo de construção dessas ações deixe de ser conduzido junto com a DRS7”, frizou Zaicaner. A diretora da DRS7 reforçou a medida e ainda anunciou que uma nova repactuação da Rede de Urgência e Emergência (RUE) está em andamento. “O HC deve ser o protagonista desse processo”, destacou Mirela Povinelli.
O gerente médico da CROSS, Napoli Guilherme, explicou que uma medida importante adotada em hospitais da Capital como o HC da USP, a Santa Casa e a Unifesp foi a inclusão de alunos dos 5º ou 6º ano de medicina em estágios pela central de regulação na SES. “Muitos que já passaram são reguladores no interior do Estado e me proponho a ajudar a FCM seja presencial ou através de um curso modular EAD”, explicou.
Já Ana Paula Bepler enfatizou que com a reestruturação da UER em andamento, como a separação de fluxos dos pacientes baseada no programa Lean nas Emergências, é inevitável a ampliação da regulação na unidade. “A ideia é que a regulação na CROSS vai resolver outro problema, que é a competição por vagas entre serviços como SAMU de Campinas, Resgate dos Bombeiros, Águia da Polícia Militar e serviços das concessionárias”, diz. Na UER 80% das demandas são procura espontânea (75% verde e azul) e destes, 70% são de Campinas.
O professor Gustavo Fraga e eventual regulador em plantões assinalou que a estrutura física da UER é pequena para a complexidade do hospital e da RMC. “Aqui temos uma equipe de plantão por especialidade, o que se agrava quando chegam três ou mais ambulâncias simultaneamente”. A Diretora de Regulação da CRS concordou e afirmou “Existe a constatação em SP que de fato o HC da Unicamp é o menor HC atuando no Estado em números gerais de infraestrutura”, esclareceu Zaicaner.
Por fim, a médica Raquel Zaicaner lembrou que a oncologia é prioridade para o Governo do Estado e a região de Campinas é a mais importante nesse momento. Diagnósticos preparados pela DRS7 e consolidados pela CRS-SES demonstram que a previsão é abrir um serviço novo na cidade. “Isso já é decisão e para ajudar no tratamento oncológico em todo Estado, a Comissão Intergestores Bipartite (CIB) aprovou um novo protocolo de alta suspeição de oncologia”, diz.
Por outro lado, José Barreto listou a situação da oncologia clínica no HC em que se admite haver demanda reprimida. “Já produzimos três vezes o nosso teto em quimioterapia e podemos ampliar com outros turnos. Mas precisamos de mais leitos de internação”, observou
Ao final do dia, a coordenadora da equipe de trabalho da SES destacou a importância do diálogo institucional para consolidar os erros e acertos de ambas partes e que a visita foi altamente produtiva. “Teremos resultados práticos mais rápido do que imaginamos”, finalizou
Caius Lucilius – Assessoria de Imprensa HC