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HC ganha equipamento para localização de vasos e veias de difícil acesso

HC passa a ser primeiro hospital público do Estado de SP a ter essa tecnologia

O Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp recebeu, no início de setembro, um aparelho de projeção de imagem vascular direta que permite a visualização da rede venosa periférica com até um centímetro de profundidade. O VeinViewer Flex usa a tecnologia do infravermelho para auxiliar a avaliação e a localização de vasos e veias de difícil acesso.

O equipamento foi doado ao HC pela Receita Federal e será usado pelo Grupo de Gerenciamento de Cateteres Vasculares e Terapia Infusional (GCATI) do hospital. Com essa doação, o HC passa a ser o primeiro hospital público do Estado de SP a ter essa tecnologia à disposição do paciente.

“Esse equipamento tem grande impacto na qualidade assistencial e segurança do paciente. Com ele, é possível visualizar os vasos superficiais do paciente com maior distinção. Isso permite que a equipe assistencial opte pela veia mais adequada, proporcionando uma punção venosa dirigida, com menor risco de extravasamento e potencialmente menos dolorosa”, explica o coordenador de assistência do HC Unicamp e presidente do GCATI, Plínio Trabasso.

“Esse instrumento é o equipamento dos sonhos de qualquer grupo de terapia infusional e acessos vasculares. Por meio da luz infravermelha, eu consigo localizar vasos e veias que não são visíveis à olho nu e não sensíveis a palpação”, comenta Ana Ganhadoto, enfermeira exclusiva do GCATI.

Cerca de 90% dos pacientes internados no HC utilizam algum tipo de dispositivo de acesso venoso, também chamado de catéter: periféricos, venosos centrais, curtos e longos ou aqueles usados por períodos de curta ou longa permanência.

A utilização do equipamento garantirá a escolha da melhor veia ou vaso para a colocação do cateter ideal, a diminuição da necessidade de punções múltiplas que pode levar à transfixação, popularmente conhecida por veia estourada ou o extravasamento que pode levar à infiltração de medicamentos.

“Os pacientes com difícil visualização das veias periféricas e os pacientes com extremos de idade, serão usuários desse equipamento para a punção venosa periférica”, diz Ana.

De acordo com a especialista em terapia infusional, uma parte da população tem veias visíveis e palpáveis à olho nu, enquanto que outra parte não tem. Nessa categoria se enquadram, em sua maioria, idosos, portadores de doenças crônicas, pacientes multipuncionados ou que usam múltiplos cateteres, pessoas com desnutrição, obesidade e crianças.

“Crianças e idosos são uma população delicada nas punções venosas. O equipamento trará segurança e qualidade na assistência de pacientes com difícil rede venosa periférica”, comenta a enfermeira.

O VeinViewer Flex possibilita também a avaliação do calibre, o trajeto e a permeabilidade de veias finas. Ele ainda permite ao enfermeiro fotografar e armazenar no computador a anatomia dos vasos e veias do paciente.

No decorrer dos próximos 30 dias, o GCATI irá preparar um protocolo interno para definir os critérios de uso do VeinViewer Flex de acordo com o paciente. Também será realizado um treinamento pela empresa fornecedora do equipamento para enfermeiros do HC Unicamp, que serão referência na utilização do equipamento em todas as unidades.

Sobre o GCATI

O Grupo de Gerenciamento de Cateteres Vasculares e Terapia Infusional (GCATI) foi implantado através de uma portaria da Superintendência do HC composta por 8 membros que representam as áreas assistenciais, CCIH e ARM, sendo presidido pela Coordenadoria de Assistência (COAS) do HC Unicamp. O objetivo do grupo é assessorar a COAS e o DENF no planejamento da terapia infusional, utilização de novas tecnologias, materiais e insumos voltados para essa prática assistencial. Em 2018, o Departamento de Enfermagem abriu uma vaga de enfermeiro para dedicação exclusiva ao grupo.

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