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Para celebrar a 10ª edição da Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Próstata, profissionais do Ambulatório de Urologia Oncológica promoveram no dia 05 e 17, uma série de ações para marcar a campanha. No dia 5, foram realizadas palestras pela médica e ex-residente Bárbara Ferrarezi. No dia 17 aconteceu a orientação e conscientização aos pacientes do Ambulatório de Urologia Oncológica.

A coordenação das atividades foi do professor Ubirajara Ferreira e abertura teve a participação da coordenadora de Assistência, professora Elaine de Athaide. O HC da Unicamp atende uma média de 70 casos novos por ano de neoplasia de próstata, além de manter em seguimento cerca de 300 pacientes.

A palestra ministrada pela médica Bárbara Ferrarezi enfatizou que as mortes por câncer de próstata acontecem por falta de prevenção. O diagnóstico pode ser feito por exame de sangue para detectar o Antígeno Prostático Específico, também conhecido de PSA, geralmente apresentam alterações nos níveis quando há a presença do câncer prostático, por exemplo. “Os homens não têm o costume de fazer exames com frequência e quando os sintomas aparecem isso significa que a doença está em um estágio grave. O diagnóstico precoce é chance para se ter 90% de cura”, explicou Ferrarezi.

Dados da Sociedade Brasileira de Urologia demonstraram que houve uma redução de 21,5% das cirurgias de extração de próstata por câncer em decorrência da pandemia. Nesse período, também ocorreu uma queda nas consultas urológicas de 33,5%. Para 2021, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima em mais de 65 mil novos casos no país e mesmo com as campanhas atraindo mais apoiadores, a taxa de mortalidade aumentou cerca de 10% nos últimos cinco anos.

Para o professor Ubirajara Ferreira a principal maneira de combater o câncer, que no Brasil mata um homem morre a cada 38 minutos, é a descoberta precoce da doença. Apesar disso, ainda é difícil confrontar a enfermidade. “Hoje, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no Brasil, perdendo apenas para o tumor de pele não melanoma, e mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos com fatores de risco devem procurar um urologista”, reforça Ferreira.

Dados do INCA, indicam que a doença que mata 29% da população masculina. Na fase avançada, os sintomas são dor óssea, dores ao urinar, vontade de urinar com frequência, presença de sangue na urina e/ou no sêmen. O histórico familiar da doença é o principal critério a se levar em consideração para fazer o exame aos 45 anos, e dos demais homens que devem iniciar essa rotina de cuidados aos 50 anos.

“A indicação da melhor forma de tratamento vai depender de vários aspectos, como estado de saúde atual, estadiamento da doença e expectativa de vida. Em casos de tumores de baixa agressividade há a opção da vigilância ativa, na qual periodicamente se faz um monitoramento da evolução da doença intervindo se houver progressão da mesma”, explica Ubirajara.

A próstata – É uma glândula do sistema reprodutor masculino, que pesa cerca de 20 gramas, e se assemelha a uma castanha. Ela localiza-se abaixo da bexiga e sua principal função, juntamente com as vesículas seminais, é produzir o esperma. Homens com mais de 55 anos, com excesso de peso e obesidade estão mais propensos à doença. Outros fatores estão associados a fatores de risco, como por exemplo, histórico familiar e obesidade.

No Brasil, a taxa de incidência é a maior nos países desenvolvidos. O aumento das taxas de incidência no Brasil pode ser justificado pela evolução dos exames, pela melhoria dos sistemas de informação e pelo aumento na expectativa de vida.

Cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados somente pela alteração no toque retal. Outros exames poderão ser solicitados se houver suspeita de câncer de próstata, como as biópsias, que retiram fragmentos da próstata para análise, guiadas pelo ultrassom transretal.

Caius Lucilius com Marcos Caetano  – Assessoria de Imprensa HC

Fotografia – Júlia P. Moretzsohn de CastroAssessoria de Imprensa HC

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