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O Hospital de Clínicas integrou durante o defeso eleitoral – 1º de julho até 30 de outubro – o Mutirão de Cirurgias do Governo Estadual nas áreas de colecistectomia, hérnia, vesícula, urologia, ortopedia e oftalmologia. Desde o início da parceria, o HC da Unicamp vem realizando consultas pré-operatórias, cirurgias e exames laboratoriais e de imagem, sempre efetuados aos finais de semana. As ações do Mutirão Paulista envolvem 33 hospitais e 45 Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) em todo Estado, mobilizando mais de três mil profissionais de saúde.

O Mutirão de Cirurgias do Governo Estadual se propôs a zerar as filas acumuladas quando os leitos foram priorizados para o atendimento da COVID-19, durante os anos de 2020 e 2021. O HC da Unicamp vai realizar 4.500 avaliações e cirurgias durante o mutirão. Toda a ação está sendo conduzida pela superintendência em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde, através da Diretoria Regional de Saúde (DRS-7). “Sem essas ações estima-se que seriam necessários pelo menos dois anos para zerar a espera em todo Estado”, ressalta Fernanda Penatti Ayres Vasconcelos, diretora da DRS-7.

A primeira atuação do HC da Unicamp foi no dia 30 de julho com a realização de 153 avaliações pré-operatórias de pacientes agendados pelos municípios através da DRS-7. Em seguida, nos dias 27 e 28 de agosto, ocorreram as primeiras cirurgias de hérnia e vesícula efetuadas pela equipe do HC, em Pedreira, no Hospital Humberto Piva. Até o momento, a parceria com o Hospital Humberto Piva resultou em 46 cirurgias (hérnias inguinais, bilaterais, umbilicais, incisionais e de hemorróidas). Ao todo serão oito finais de semana em que as equipes de médicos cirurgiões e cirurgiões residentes da Unicamp estarão em campo no hospital de Pedreira.

Na primeira semana de setembro (03-09), a mobilização do HC foi um recorde dentro da campanha do Mutirão, já que o hospital atendeu o maior número de pacientes em um único dia: 1700 de um total de 9,2 mil programados em todo Estado. Foram consultas de avaliação pré-operatórias para colecistectomia (retirada da vesícula biliar), além de exames laboratoriais e de imagens. A força tarefa mobilizou profissionais médicos, de enfermagem, da radiologia, da coleta laboratorial e de setores administrativos e segurança. Compareceram pacientes de toda a Região Metropolitana.

“Em setembro realizamos a maior mobilização do Estado no Mutirão de Cirurgias. Foram mais de 75 profissionais de saúde do Hospital das Clínicas e docentes da FCM atuando para atendimento de toda a região. Toda a expertise do HC, reconhecida por sua excelência, ficou à disposição das sete da manhã às 19 horas para a redução das filas acumuladas durante a pandemia”, destacou a superintendente do Hospital das Clínicas, Elaine Cristina de Ataíde que acrescenta “As cirurgias de especialidades mais complexas estão ocorrendo no nosso centro cirúrgico, como as urolitíase realizadas no último no dia 5 e 6 de novembro”.

Dentro do dia de maior mobilização da história do hospital, em setembro, 316 pacientes realizaram exames laboratoriais, entre eles hemograma, coagulograma e exames bioquímicos como AST, ALT, GGT, fosfatase alcalina, bilirrubina, sódio potássio, lipase, amilase e glicose. “Quatorze profissionais do LPC atuaram das 9 as 18 e coletaram 2887 amostras”, relata Cristina Cobra Azevedo Barreto. Na radiologia, a realização dos exames de imagens foram importantes para avaliar melhor órgãos e suas estruturas adjacentes. De acordo com o diretor da Unidade, Carlos Henrique Gomes de Oliveira, foram atendidos 271 pacientes para exames de raio-x de torax. Nove profissionais conduziram os atendimentos até as 17 horas no dia do mutirão.

Segundo Paola Ravida ex-aluna e residente de cirurgia (R2) da FCM, a experiência em participar de uma atividade dessa proporção, e com a prerrogativa de atender a população que foi prejudicada pela suspensão de procedimentos devido à pandemia do COVID-19, foi gratificante pessoalmente e profissionalmente. “Eu auxiliei tanto nos atendimentos ambulatoriais como nos dias de cirurgia. Um mutirão bem planejado nos permitiu ver que com apenas um dia de atendimento e o esforço conjunto das equipes do HC, pudemos deixar prontos centenas de pacientes preparados para cirurgia”, comenta Ravida.

Nesse sentido, ela considera que hospitais especializados do perfil do HC da Unicamp, sempre estão adequados a desafios como esse e com atendimento de qualidade. “Sou grata de poder fazer parte da equipe e participar de ações como essa, podendo devolver à população que atendida pelo hospital, um pouco de tudo aquilo que aprendi e continuo aprendendo nomeu principal local de aperfeiçoamento profissional”, afirmou.

O professor Nelson Andreolo, titular da gastrocirurgia, considera que o mutirão está sendo positivo e conclui que esse projeto deve ser pensado pelos governantes como uma ação contínua todos os anos. Em relação aos resultados da participação da Unicamp, o titular da cirurgia disse que alguns dos pontos positivos da iniciativa foi a identificação de pacientes mais graves com câncer e que foram imediatamente encaixados para tratamento nos ambulatórios do HC. “As cirurgias represadas devido a pandemia demonstram a relevância do HC e de suas equipes para toda região, por isso, foi o hospital foi escolhido pelo governador como parceiro nesse mutirão”, sublinhou.

Caius Lucilius – Assessoria de Imprensa HC

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