Uma delegação de representantes de clínicas e laboratórios da República Dominicana e do México visitaram a Seção de Bioquímica Clínica do Laboratório de Patologia Clínica (LPC) do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp na semana passada. Eles vieram conhecer um sistema automatizado usado pelo LPC desde o ano passado que otimiza processos pré e pós-analíticos de exames.
O Laboratório de Patologia Clínica (LPC) do HC da Unicamp é referencia na automação e na qualidade analítica na execução de exames laboratoriais. Isso se traduz na excelência e confiabilidade dos mais de 200 mil exames laboratoriais realizados, mensalmente, no HC da Unicamp.
De acordo com a biomédica Ana Lúcia Roscani Calusni, assistente técnico do LPC, após 11 anos de muitas tratativas e análises, em 2020, durante a pandemia de covid-19, foi possível ao LPC, através de um processo licitatório, a locação de um equipamento que aumentou a eficiência da análise dos exames clínicos.
Após a automação, revela Ana Lúcia, foram eliminados processos manuais como destampamento dos tubos, a avaliação das amostras, realização de aliquotas e o sorteamento dos tubos na montagem de racks para análise de acordo com a seção e equipamento analítico.
“Isso aumentou o desempenho do laboratório clínico e sua equipe e impactou ainda mais na qualidade do atendimento aos pacientes do HC”, disse a assistente do LPC.
Cristina Cobra, coordenadora do serviço de pré e pós-analítico e da Qualidade do LPC, confirmou que a instalação do equipamento possibilitou a integração entre as áreas de Bioquímica, Imunologia e Fisiologia. Ressaltou, ainda, a importancia na redução de processos manuais, minimizando falhas humanas e garantindo a qualidade do exame e a segurança do paciente. Esta automação agilizou a entrada das amostras para processamento e, consequentemente, a entrega mais rápida dos laudos dos exames.
De acordo com Ronise Carla Sass Pozeti, supervisora da seção de Bioquímica Clínica do LPC, a eliminação das fases manuais proporcionou a diminuição de erros relacionados a fase pré-analítica do processos laboratoriais como identificação e aliquotagens errôneas.
“O equipamento auxilia em muito na rapidez e rastreabilidade de todo processo, executa, também, a função de armazenagem das amostras já dosadas em sorotecas. Com toda esta otimização foi possível designar atividades mais relevantes aos profissionias das seções envolvidas”, explicou Ronise.
Interessados em saber quais foram as dificuldades enfrentas pelo LPC em implantar a automação do processo pré e pós-analíticos dos exames encaminhados para análise, os representantes estrangeiros fizeram várias perguntas para elucidar dúvidas sobre a integração de áreas e equipes, fluxo e impacto na rotina de trabalho.
Coube a Eder de Carvalho Pincinato, professor de bioquímica em Patologia Clínica da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, elucidar as dúvidas durante a reunião ocorrida no anfiteatro do Departamento de Patologia Clínica localizado no prédio do LPC.
Ele contou o que aconteceu durante o processo de implantação do equipamento e das estratégias tomadas para solucionar os problemas, desde a retirada de paredes para integrar as seções até dinâmicas em grupo para conscientizar os funcionários sobre as mudanças na rotina de trabalho.
“Todos têm o equipamento como membro integrante da equipe. Com a mudança, poderemos agora criar outros exames e áreas, como a Farmacogenética e a Biologia Molecular”, revelou Eder.
A delegação foi composta por Elizabeth-Jaquez Bisono, Pedro Lino, Tio Cabreja, Asilda Cruz Maria, Polanco Francisco, Edwin Enrique e Perezmella Irizarry, da República Dominicana e Maria de lós Dolores e Angeles Fernández, do México. Eles vieram acompanhados por Alexandre Almeida Campos, Jonas Fillietaz e Fernanda Dantas, da empresa Beckman Coulter Brasil.
Texto e fotografia: Edimilson Montalti – Núcleo de Comunicação HC Unicamp