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O Departamento de Enfermagem do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp capacitou 32 profissionais de enfermagem da cidade de Hortolândia em boas práticas de cuidado de pacientes que necessitam receber terapia intravenosa prolongada. Eles tiveram, no dia 30 de março, treinamento teórico e prático sobre a manipulação e manutenção adequada do cateter central de inserção periférica (sigla PICC, em inglês).

O PICC é um cateter intravenoso introduzido através de uma veia superficial ou profunda do braço e que se estende para uma veia maior que leva ao coração. Por meio desse cateter é administrado medicamentos, nutrientes e hemoderivados por longo período. Um cateter PICC pode ser usado para dar o medicamento em casa ou numa Unidade Básica de Saúde, facilitando a continuação da terapia dos pacientes.

O treinamento foi liderado pela enfermeira Ana Gadanhoto, responsável pelo Grupo de Catéter Venoso de Terapia Infusional (GCATI) e pela equipe do Serviço de Educação Continuada do Departamento de Enfermagem do HC da Unicamp. Os enfermeiros da rede pública de saúde de Hortolândia também receberam outras informações que favorecem o atendimento domiciliar e a alta segura do paciente com PICC.

Na parte teórica, foi apresentado aos participantes do treinamento as principais indicações para uso do PICC, elucidada as dúvidas referentes ao uso do cateter de PICC como primeira escolha para terapia intravenosa segura em pacientes desospitalizados e com tratamento prolongado com antibióticos e quimioterápicos. O tempo de permanência do cateter, tipos de medicamentos e os cuidados necessários para a manutenção do PICC até o final do tratamento proposto foram abordados e discutidos com a equipe de enfermeiros de Hortolândia.

Nas oficinas, o equipe do GCATI do HC da Unicamp abordou a técnica e materiais usados para o curativo, fixação adequada e boas práticas com o PICC.

“Estamos à disposição para atender demandas de capacitação dos profissionais da macrorregião de Campinas nos temas relacionadas a terapia intravenosa segura e tipos de dispositivos de acessos venosos para pacientes de baixa, média e alta complexidade”, disse Ana Gadanhoto.

Para Marieli de Oliveira Scarpim, enfermeira e coordenadora do Programa de Atendimento Domiciliar (PADO) do município de Hortolândia, a capacitação foi excelente e muita rica em informações que sanou as dúvidas dos enfermeiros que passaram pelo curso. Além, disso segundo Marieli, os profissionais do GCATI se colocaram à disposição para acompanhar a equipe de enfermagem de Hortolândia nesse processo de manipulação do PICC.

“Para nós, o HC é um centro de referência de conhecimento. A aproximação entre as equipes de enfermagem de Hortolândia e do HC da Unicamp é uma parceria de muito valor. Acredito que existam outros protocolos de saúde que o HC domina com maestria e que poderemos aplicar aqui em Hortolândia no cuidado dos pacientes”, disse Marieli.

Cursos de capacitação para região

De acordo com Joaquim Antonio Graciano, coordenador geral do Departamento de Enfermagem do HC da Unicamp, essa ação de capacitação e treinamento faz parte do Planejamento Estratégico do HC da Unicamp até 2026.

“Nosso objetivo com essa capacitação é aumentar o giro de leitos e a desospitalização de pacientes do HC da Unicamp que podem ser acompanhamos pelas equipes de saúde de sua cidade de origem de forma segura”, explicou Joaquim.

O Departamento de Enfermagem e a equipe Serviço de Educação Continuada realizarão quatro cursos de capacitação para profissionais de saúde das 42 cidades que compõem a Diretoria Regional de Saúde de Campinas DRS-7. Os cursos serão oferecidos, semestralmente, com vagas pré-determinadas para cada cidade. Os cursos serão: Urgência e Emergência; Cuidados de Enfermagem de UTI, Central de Material em Centro Cirúrgico e Oncologia.

“A ideia desses cursos, além de dar uma atualização de informação e treinamento aos profissionais de saúde de Campinas e região, é estabelecer uma política de aproximação entre o HC e Secretarias de Saúde que compõem a DRS-7. Isso irá facilitar muito o encaminhamento e o atendimento dos pacientes de alta complexidade para o hospital, bem como melhorará a qualidade do atendimento dos pacientes em sua própria cidade de origem”, explicou Elaine Cristina de Ataíde, superintendente do HC da Unicamp.


Texto: Edimilson Montalti – Núcleo de Comunicação – HC da Unicamp
Fotografia: Trícia Thome – Núcleo de Comunicação – HC da Unicamp

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