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A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou nesta sexta-feira (27), durante visita ao Hospital de Clínicas da Unicamp, o aumento do teto financeiro para procedimentos de média e alta complexidade realizados pelo hospital. O incremento – que não ocorria desde 2012 – contempla uma proposta feita pelo HC junto ao ministério prevendo um aumento no número de atendimentos de toda a linha de cuidados para pacientes oncológicos. No total, serão R$ 67,8 milhões por ano. O pagamento ocorrerá em parcelas mensais de aproximadamente R$ 5,6 milhões.

A portaria GM/MS n° 1.625 aumentando o teto MAC para o HC da Unicamp foi assinada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade e publicada no último dia 25 de outubro. “O aumento de teto MAC do Hospital de Clínicas foi deliberado por todas as instâncias estaduais e vem ao encontro do que nós esperamos de fortalecer a capacidade do hospital, principalmente, pela capacidade técnica da equipe frente à alta demanda de toda a região”, enfatizou a ministra durante a reunião na superintendência do HC.

A superintendente do HC, Elaine Cristina de Ataíde, contou que, já há alguns meses, iniciou tratativas junto ao Ministério da Saúde para aumentar o valor do teto e fez então uma proposta oferecendo ampliar o número de atendimentos para os pacientes oncológicos. “O fruto dessa conquista começou em uma reunião no início do ano com o reitor da Unicamp e a superintendente em Brasília”, recordou a ministra.

De acordo com Ataíde, antes de chegar ao ministério, a proposta teve de ser aprovada pela Secretaria Estadual de Saúde. “O HC solicitou [o aumento] não porque extrapolou o teto ou por conta de algum déficit. Esse é um aumento para atender a uma demanda da sociedade, para atender a um aumento represado, principalmente na área de oncologia”, explicou a superintendente do HC.

“Depois da pandemia, o número [de casos de oncologia] cresceu muito, inclusive com mais pacientes com maior gravidade. E nós oferecemos essa linha de cuidados: diagnóstico e acompanhamento”, acrescentou.

“Esse aumento vai nos ajudar muito”, disse a coordenadora-geral da Unicamp, Maria Luiza Moretti, que é médica infectologista e, atualmente, reitora em exercício, durante um encontro com Trindade realizado pela manhã, no HC. “A ministra se mostrou sensível aos problemas da região, ao aumento no número de casos de câncer que o país tem registrado e à necessidade de aumento na nossa capacidade de assistência a esses pacientes”, acrescentou Moretti.

Média e alta complexidade

“Essa ação do Ministério da Saúde, de incrementar o teto de média e alta complexidade no HC da Unicamp, é uma ação necessária para que o hospital possa cumprir seu papel, como centro de referência dedicado ao Sistema Único de Saúde”, disse a ministra, que está na Unicamp para o 47º encontro anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs).

A visita por algumas áreas do hospital foi acompanhada pela reitora em exercício e coordenadora-geral da Unicamp, Maria Luiza Moretti, pelo coordenador de Assistência, José Barreto Carvalheira e pela coordenadora de Administração, Fernanda Orsi.

Para Trindade, a ação beneficia cidadãos de toda a região e reforça as ações de colaboração que a Unicamp e o Ministério da Saúde já fazem por meio de programas nacionais – como o de redução de filas para cirurgias, atendimentos a pacientes oncológicos e ações na área de neonatologia. “Então, esse é um momento especial para nós, mas não é apenas isso. Vamos continuar com essa parceria, trabalhando em benefício do SUS”, acrescentou a ministra.

Tratamentos oncológicos

Nisia disse ainda que ações como essa são, na verdade, “uma inciativa para recuperar o tempo perdido”. “E tempo perdido na saúde é risco, como já estamos vendo por aí, com um aumento nos índices de adoecimento, das filas para cirurgia, dos tratamentos oncológicos”, advertiu.

“Para nós, de fato, tratava-se de uma prioridade trabalharmos juntos e essa é a nossa aposta também, em áreas em que o HC da Unicamp já tem expertise. A gente sabe que esse é um recurso que vai ajudar o cidadão. E isso não tem preço. E isso é o SUS”, concluiu a ministra.

Tote Nunes – ASCOM com Caius Lucilius – Assessoria de Imprensa HC

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