O setor de Nefrologia do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp recebeu um ultrassom diagnóstico portátil adquirido pelo valor de R$ 96.495,00, com recursos de emenda parlamentar federal de investimento, indicada pelo deputado federal Roberto de Lucena e cadastrada na modalidade fundo a fundo junto ao Ministério da Saúde. O aparelho permite realizar exame ultrassonográfico para se detectar obstrução urinária, avaliar o tamanho e qualidade dos rins e realizar, também, biópsia renal guiada por ultrassom.
As pessoas que tem insuficiência renal precisam fazer hemodiálise. Para fazer a hemodiálise é necessário um acesso vascular. Já existem evidências que a punção do acesso vascular guiada por ultrassom é mais segura no sentido de reduzir as complicações do procedimento, como sangramento, hematoma, perfuração do pulmão.
“Esse equipamento ficará com o serviço de nefrologia. Os médicos residentes serão treinados e sempre que houver a necessidade de um acesso vascular iremos fazê-lo guiado pelo ultrassom. Acreditamos que isso é um avanço para o serviço de nefrologia, que vai permitir uma prática de forma mais segura para o paciente, porque diminui o risco de alguma complicação associada ao procedimento”, explicou o médico nefrologista Rodrigo Bueno de Oliveira.
Nova sala de agudos
Para facilitar a interface entre a equipe médica da nefrologia e da enfermagem, a sala médica do setor de agudos do serviço de nefrologia do HC da Unicamp, que ficava no segundo andar do hospital, foi transferida para o quinto andar, do lado aposto à sala de hemodiálise intrahospitalar, onde antigamente se localiza o Grupo de Catéter Venoso de Terapia Infusional (GCATI).
A sala de agudos – como é mais conhecido o espaço – é um posto de trabalho da equipe da nefrologia, que é composta por duas médicas assistentes e três médicos-residentes. A nova sala permite aos médicos checarem, por meio do sistema AGHUse, a evolução do paciente, discutir casos, fazer pequenas refeições e guardar seus pertences pessoais.
De acordo com Rodrigo, anteriormente, a sala de agudos ficava no segundo andar, ao lado da ecocardiografia e da pneumologia. Quando havia a necessidade de atender um paciente durante o procedimento de hemodiálise, a equipe tinha que se deslocar três andares, por elevador ou escada.
“Agora que estamos no mesmo andar, isso vai facilitar e melhorar a dinâmica de assistência ao paciente, no caso de qualquer intercorrência ou necessidade de alguma atuação médica em caso de complicação. Também estamos mais próximos das outras áreas médicas que precisem conversar ou discutir algum caso com a nossa equipe”, revelou Rodrigo.
Atualmente, o setor de Nefrologia realiza aproximadamente 600 sessões de hemodiálise por mês, sendo 150 delas na sala de hemodiálise intrahospitalar. Essa sala é usada para pacientes internados que podem se locomover ou que estão fora da UTI. As demais sessões são realizadas à beira leito.
“Ao longo de nove anos, o setor de agudos dobrou a produção. Hoje temos quatro máquinas de hemodiálise contínua e mais cinco máquinas para hemodiálise intrahospitalar. As melhorias de infraestrutura nos permitiram aumentar o atendimento à população e atender as demandas geradas pelo hospital ”, destacou Rodrigo.
Texto e fotografia: Edimilson Montalti – Núcleo de Comunicação HC Unicamp