O ex-senador e atualmente no mandato de deputado estadual, Eduardo Suplicy, foi recebido na superintendência do HC pelo coordenador de Assistência, professor José Barreto que apresentou um balanço atual do hospital ao parlamentar. Em seguida Eduardo Suplicy conheceu as pesquisas sobre cannabis medicinal desenvolvidas no CIATox – Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Campinas. Na ocasião, também esteve no PRATEA – Programa de Atenção aos Transtornos do Espectro do Autismo.
Durante seu mandato como senador, foram investidos cerca de R$ 7 milhões através de emendas do orçamento da União, para modernização de equipamentos das áreas de radiologia (equipamentos de ultrassonografia, tomógrafo, aparelhos de raio-x) centro cirúrgico (sistemas de vídeo cirurgia), UTI (monitores multiparamétricos) e Central de Materiais Esterilizados (lavadora termodesinfectora de barreira).
Acompanharam a visita ao CIATox, pela Unicamp, Cláudio Coy, diretor da FCM, José Luiz da Costa, coordenador-executivo do Centro, e José Barreto, coordenador de assistência do Hospital de Clínicas. Participaram, ainda, a vereadora Paolla Miguel, coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa da Cannabis Medicinal e do Cânhamo Industrial da Câmara de Campinas, e Enor Carvalho, presidente da Associação Terapêutica Flor da Vida.
Além de conhecer o trabalho administrativo e de atendimento ao público do CIATox, o grupo verificou, nos laboratórios, o processo de análise da composição e teor dos canabinoides. O Centro atualmente realiza a avaliação de amostras provenientes de 21 associações que produzem medicamentos à base de cannabis, além de 10 pacientes que possuem habeas corpus para preparar seu próprio medicamento em casa.
Em dezembro de 2023, o CIATox foi contemplado por edital com valor de R$ 180 mil para pesquisas sobre controle de qualidade de produtos de cannabis medicinal no estado. O recurso virá através de emenda parlamentar, destinada pela Frente Parlamentar da Cannabis Medicinal e do Cânhamo Industrial da Alesp, da qual Suplicy é o vice-coordenador.
“Estou muito impressionado com o cuidado e atenção dos profissionais do centro de toxicologia da Unicamp. Terei melhor condição de argumentar na Alesp e nas reuniões da Frente Parlamentar a respeito desse trabalho muito sério para efetivamente melhorar a qualidade de vida de pessoas com autismo, síndrome de Dravet e doenças como Alzheimer e Parkinson”, declara Suplicy, que também faz uso da cannabis medicinal.
Para Paolla, a parceria com o CIATox possibilita propor uma legislação em âmbito municipal. “Atualmente temos na Câmara dois projetos de lei sobre o uso da cannabis medicinal: de distribuição de medicamentos, para democratizar o acesso da rede municipal de saúde; e de fomento à pesquisa, que inclusive prevê o plantio em espaços como a Universidade”.
José Luiz da Costa avalia positivamente a visita dos parlamentares. “Mostramos nosso trabalho em prol de resguardar a saúde do paciente por meio do controle de qualidade desses medicamentos. Atualmente, o Programa de Pós-graduação em Farmacologia da FCM tem três teses de doutorado relacionadas ao tema, além de trabalho de extensão”. O coordenador-executivo do CIATox lembra que em 9 de maio ocorrerá Seminário internacional sobre uso medicinal de cannabis, realizado pela Pró-reitoria de Extensão e Cultura da Unicamp (ProEC).
No PRATEA – Programa de Atenção aos Transtornos do Espectro do Autismo a comitiva foi recebida pela coordenadora do Programa, professora Eloisa Valler Celeri.