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Trauma, AVC e emergências químicas foram temas da Jornada de Enfermagem em Urgência e Emergência

Uma das dinâmicas durante o evento foi o cenário simulado de atendimento de paciente com AVC

O Departamento de Enfermagem do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp promoveu na sexta-feira (21/6) a IV Jornada de Enfermagem Urgência e Emergência. Cerca de 400 pessoas entre funcionários, alunos e profissionais de saúde da Diretoria Regional de Saúde de Campinas (DRS-7) se inscrevam na jornada. Esse evento tem como tradição valorizar os talentos dos profissionais que atuam na Unidade de Emergência Referenciada (UER) do HC da Unicamp.

“Para essa edição, resolvemos trazer temas inovadores para discussão com a comunidade interna e a Região Metropolitana de Campinas (RMC) para que possamos oferecer um atendimento de qualidade nos momentos críticos em que os minutos podem fazer a diferença na vida das pessoas”, disse Ana Paula Bordin, coordenadora de enfermagem da UER do HC da Unicamp. Veja aqui como foi a programação do evento.

Embora haja avanços, como a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) e a expansão de unidades de pronto atendimento (UPAs), muitas regiões ainda sofrem com infraestrutura precária e falta de recursos humanos especializados. A disparidade entre áreas urbanas e rurais também é um obstáculo, dificultando o acesso rápido e eficiente aos serviços de saúde em momentos críticos.

“O atendimento de urgência e emergência no Brasil enfrenta desafios significativos e demanda melhoria e investimento. Além disso, a capacitação e valorização dos profissionais de saúde, especialmente enfermeiros e médicos, são essenciais para garantir um atendimento eficaz e humanizado”, explicou a enfermeira Angélica Olivetto de Almeida, da Seção de Enfermagem em Educação Continuada do HC da Unicamp.

A enfermagem desempenha um papel fundamental no atendimento de urgência e emergência, sendo a linha de frente que conecta cuidados com humanização. Enfermeiros e enfermeiras não apenas aplicam técnicas essenciais como monitoramento constante e administração de medicamentos, mas também oferecem suporte emocional crucial aos pacientes e suas famílias em momentos de crise. Sua habilidade em avaliar rapidamente a gravidade dos casos e coordenar a resposta interprofissional ajuda a salvar vidas e a minimizar sequelas.

“Assim, a presença e o compromisso da enfermagem são pilares essenciais na garantia de um atendimento eficiente, compassivo e de qualidade nas situações mais críticas de saúde. Esperamos que o evento possa proporcionar esse conhecimento mais específico da área de atendimento de emergência e que possamos sair desse auditório com a oportunidade de ser realizar um melhor cuidado para os pacientes que são acolhidos nas unidades de emergências”, finalizou a médica Mirela Povinelli, coordenadora da UER do HC da Unicamp.

Simulação clínica interprofissional

Uma das dinâmicas realizadas durante o evento foi o cenário simulado de Acidente Vascular Cerebral (AVC) como estratégia de treinamento em emergência. Profissionais que atuam na UER do HC da Unicamp realizaram a simulação clínica no palco do auditório da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, onde aconteceu a jornada, de todas as etapas para o rápido atendimento de pacientes com sintomas de AVC.

De acordo com a enfermeira da Seção de Enfermagem em Educação Continuada do HC Unicamp Erika Sana Moraes, essa mesma apresentação fez parte do treinamento realizado no final do ano passado no HC da Unicamp para obter da Iniciativa Angels o certificado de qualificação para o atendimento de pacientes com AVC.

Participaram dos treinamentos 202 funcionários de diversas áreas e setores do hospital, desde a recepção até a Unidade de Emergência Referenciada (UER), equipes médica, de enfermagem e outras. O treinamento contemplou 80% dos funcionários do público-alvo e para atingir essa meta foi necessário replicar 22 vezes o cenário nos períodos manhã, tarde e noite.

“Os resultados após o treinamento foram positivos e o serviço teve uma redução no tempo porta agulha médio de 11,6% e no tempo porta tomo médico de 25,8%. Atingimos as metas propostas de tempo porta agulha médio de 60 minutos e de tempo porta tomo médio de 45 minutos”, disse Érika apresentando os dados ao público presente após a simulação do atendimento de um paciente com AVC.

A IV Jornada de Enfermagem Urgência e Emergência teve ao apoio da Superintendência do HC, Faculdade de Ciências Médicas e Faculdade de Enfermagem, Grupo Gestor de Benefícios Socias (GGBS), Escola de Educação Corporativa da Unicamp (Educorp), Escola Arquimedes e Parpecx Estruturas Metálicas.


Texto: Edimilson Montalti (Núcleo de Comunicação) com Angélica Olivetto (Departamento de Enfermagem)
Fotografia: Suelma S. Tanaka (NIR/HC) e Marcus Vinícius Bispo Trindade (UER/HC)

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