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Exame antimicrobiano

Na sexta-feira (25/11), no anfiteatro do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, aconteceu o 1º Fórum de Microbiologia Clínica, com o tema A importância da abordagem multidisciplinar no combate à resistência antimicrobiana. O evento reuniu especialistas de diversas áreas da saúde para discutir a crescente preocupação com a resistência antimicrobiana e a sua implicação com a saúde pública.

Eder de Carvalho Pincinato, coordenador da Divisão de Patologia Clínica (DPC) do HC da Unicamp fez a abertura do evento e disse que os exames realizados dentro do HC são de alta complexidade. “Um dos objetivos da DPC é contribuir da melhor forma no diagnóstico, acompanhamento e formação clínica para o tratamento do paciente”, disse Eder.

O coordenador de assistência do HC, Paulo Eduardo Neves Ferreira Velho destacou em sua fala de boas-vindas que é importante trabalhar de forma colaborativa e realizar sempre que possível a troca de experiências entre todos. “Isso acontece em diversos hospitais privados e tenho a expectativa que este seja o primeiro de outros fóruns em que possamos aprender e trocar conhecimentos”, ressaltou Paulo.

Angélica Zaninelli Schreiber, professora do Departamento de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e responsável pelo Laboratório de Microbiologia do Departamento de Patologia Clínica (HC) da Unicamp foi a primeira especialista do dia. Ela falou sobre como o aquecimento global está alterando o cenário das infecções fúngicas.

À medida que as temperaturas aumentam, disse Angélica, mais regiões podem ser favoráveis ao desenvolvimento de fungos. Os efeitos climáticos podem, ainda, levar microorganismos de um lugar para o outro em grandes quantidades.

“Os fungos, passando a se adaptar a temperaturas mais altas, vão poder habitar o corpo humano. O aumento das infecções fúngicas nas plantas irá incentivar o uso de fungicidas na agricultura e selecionar os fungos resistentes já no meio ambiente, que poderão infectar os pacientes”, disse Angélica, citando casos relatados na literatura médica no Brasil e nos Estados Unidos.

Mariângela Ribeiro Resende, coordenadora do Ambulatório de Tuberculose e professora de Infectologia do Departamento de Clínica Médica da FCM abordou os desafios no tratamento da tuberculose resistente. De acordo com a especialista, a tuberculose resistente é de difícil tratamento e, atualmente, um problema global.

“A tuberculose é uma doença socialmente determinada. A população privada de liberdade é um das mais acometidas no Brasil. Cerca de 1/3 da população mundial está infectada pelo bacilo de Kock. Nosso futuro é sombrio. A única forma de salvar o planeta é trabalharmos em conjunto”, alertou Mariângela.

Veja aqui como foi a programação do dia e a relação dos demais palestrantes do 1º Fórum de Microbiologia Clínica.

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