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Tecnologia nuclear para reduzir perdas de alimentos é tema de workshop na Unicamp

Convênio permitirá pesquisas sobre radiofármacos para uso nos cuidados com pacientes oncológicos

A irradiação de alimentos e a transição energética foram os temas do workshop Tecnologia nuclear na irradiação de alimentos e na transição energética

A irradiação de alimentos e a transição energética foram os temas de um workshop realizado em novembro, em Campinas (SP), pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Cepid CancerThera e Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A (Amazul). O workshop é uma das iniciativas decorrentes do memorando de entendimento assinado em setembro entre a Amazul e a Unicamp que visa a um convênio de cooperação.

Um dos beneficiários desse convênio é o Cepid CancerThera, que tem entre seus pesquisadores diversos profissionais do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp e da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp. “De acordo com o convênio, a Amazul ajudará na elaboração do projeto de um laboratório onde serão conduzidas pesquisas sobre radiofármacos para uso nos cuidados com pacientes oncológicos”, disse o médico nuclear do HC da Unicamp, Celso Dario Ramos, pesquisador principal e vice-diretor do Comitê Executivo do CancerThera e membro do Comitê Científico e Tecnológico da Amazul.

“A cooperação entre a Amazul e a Universidade atende às demandas do País”, enfatizou o reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, durante a abertura do workshop que aconteceu no auditório da Casa do Professor Visitante (CPV) da Funcamp. A mesa de abertura do workshop foi composta, pelo vice-almirante Newton de Almeida da Costa Neto, diretor-presidente da Amazul e por Celso Dario Ramos.

Segurança alimentar e transição energética

O professor Marcelo Cristianini, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp, e Eros Carbi, supervisor de Proteção Radiológica da Amazul, destacaram a tecnologia de irradiação para a segurança alimentar como solução para reduzir perdas e desperdícios na produção de alimentos quanto para proteger a saúde do consumidor.

A irradiação permite ampliar o tempo de prateleira dos alimentos (e expandir os mercados de exportação), prevenir doenças transmitidas por alimentos, retardar a germinação e o amadurecimento de gêneros alimentícios e reduzir o uso de conservantes e agrotóxicos, entre outros benefícios.

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO em inglês) estima que a produção mundial de alimentos precisará crescer 60% para atender uma população que chegará a 9,1 bilhões de pessoas em 2050. A mesma FAO aponta que os desperdícios levam à perda de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos a cada ano. A ingestão de alimentos inseguros é causa de 420 mil mortes por ano em todo o mundo. Desse total, 30% são crianças com menos de 5 anos de idade.

Leonardo Dalaqua, o coordenador técnico nuclear da AMAZUL, falou sobre a importância de pequenos reatores modulares (SMRs em inglês) e seu papel estratégico na transição energética. Os pequenos reatores, com potência menor que 300 MWe (megawatts elétricos), são equipamentos compactos, que podem ser construídos em série e transportados para o local de instalação onde passarão a gerar energia. À medida que aumente a demanda, novos módulos podem ser adicionados a uma mesma planta.

Atualmente, existem 108 projetos de desenvolvimento de SMRs no mundo. Para Dalaqua, é importante que o Brasil desenvolva seu próprio projeto, inclusive, para preservar o conhecimento nacional na construção de reatores nucleares.

Veja aqui o álbum de fotos do evento.

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