No dia 13 de março é comemorado o Dia Mundial do Rim. O tema da campanha em 2025 é Seus rins estão ok? Faça exame de creatinina para saber. Estima-se que no Brasil a doença renal crônica atinge aproximadamente 10% da população adulta e cerca de 50 mil pessoas por ano morrem precocemente antes de ter acesso à diálise ou ao transplante. No Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp aconteceram ações na rampa de acesso ao terceiro andar do hospital, entrada do primeiro andar, na Unidade de Internação de Adultos e enfermaria de Pediatria e na entrada do Centro de Investigação em Nefrologia (CIN).
De acordo com Rodrigo Bueno de Oliveira, médico nefrologista do HC da Unicamp e docente da área de Nefrologia do Departamento de Clínica Médica da FCM, o diagnóstico em geral é simples. O médico faz uma consulta, identifica os fatores de risco, o histórico pessoal e familiar, explora sintomas relacionados a doença renal, examina o paciente em busca de sinais de doença renal, por exemplo, medindo a pressão e procurando por edema. A confirmação da suspeita diagnóstica se dá através da dosagem da creatinina no sangue e análise de urina (tipo 1), presentes em qualquer unidade básica de saúde.
“A creatinina é um exame de sangue que ajuda a medir a taxa de filtração dos rins. Quando a taxa de filtração está reduzida isso pode significar que o rim está doente. Em níveis elevados, significa que o rim está filtrando com dificuldade. Já no exame de urina, uma amostra é analisada para detectar a presença de proteínas, sangue (hemácias) ou células de defesa (leucócitos). O excesso desses elementos pode indicar doença renal”, explica Bueno.







Fatores de risco, prevenção e tratamento
O diabete, hipertensão, histórico familiar de doença renal, infecções urinárias, pedra nos rins, a automedicação com anti-inflamatórios e drogas tóxicas para os rins, doença cardiovascular e a idade acima de 50 anos são conhecidos fatores de risco para a doença renal.
As ações de prevenção de doenças renais incluem o controle de doenças como o diabete e a hipertensão. É importante evitar a desidratação e a automedicação com drogas tóxicas para os rins. Uma alimentação balanceada, pobre em sal, gordura, rica em vegetais e frutas, a prática regular de exercícios físicos, bem como, o controle do estresse, evitar fumar e ingerir bebida alcoólica também ajudam a promover a saúde de maneira geral.
“Nos últimos 10 anos apareceram novos remédios efetivos em retardar a progressão da doença renal crônica. A maioria deles está disponível no Brasil”, finalizou o médico do setor de Nefrologia do HC.
Dia Mundial do Rim
É uma campanha mundial idealizada conjuntamente pela Federação Mundial de Fundações do Rim (IFKF) e Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN) com o objetivo de informar a população sobre a importância dos cuidados com a saúde renal. A ação no HC da Unicamp foi promovida pelo Centro Integrado de Nefrologia (CIN), Enfermaria de Nefrologia e Liga de Nefrologia e Urologia da Unicamp e teve o apoio da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e da Sanasa Campinas.