No dia 30 de maio, aconteceu no anfiteatro 1 da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, o I Simpósio Paulista de Medicina Hospitalar com o tema Qualidade e segurança do paciente na assistência hospitalar. O objetivo do evento foi fomentar a troca de experiências e fortalecer a atuação dos núcleos de qualidade, segurança e medicina hospitalar e promover a qualificação profissional e a melhoria contínua da assistência aos pacientes.
O médico do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp e representante da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Medicina Hospital (SOBRAMH), Daniel Franci, deu às boas-vindas aos participantes do simpósio. “Esse é o nosso evento de estreia. Queremos encontrar pessoas que tem interesse na mesma área, trocar ideias e discutir sobre a medicina hospitalar”, disse Franci.
O primeiro palestrante do dia foi o presidente da SOBRAMH, Fabrício Pimentel Fonsesa. Segundo Fonseca, a meta da Sociedade é fazer que o modelo hospitalista se torne o modelo assistencial predominante nos hospitais do Brasil. Para isso, a estratégia é descentralizar a SOBRAMH em grupos regionais, também chamados de Capítulos.
“O modelo hospitalista é um remodelamento do processo assistencial. Hoje, ele é multiprofissional. Somos formados tecnicamente na medicina, na enfermagem, na fisioterapia, no serviço social, mas não em gestão. A proposta é transformamos esses profissionais em gestores. É um novo modelo de cuidar do paciente dentro do cenário da saúde do Brasil”, destacou Fabrício durante sua apresentação.
A enfermeira Audrey Rippel e vice-diretora de Educação e Formação Profissional da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (SOBRASP) falou em seguida sobre a realidade atual e o cenário ideal das funções, organização e equipes dos núcleos de segurança do paciente. De acordo com Rippel, os responsáveis pela segurança do paciente e pela gestão da qualidade precisam modelar a gestão de acesso.
“É um processo estratégico organizacional tanto para o Siresp quanto para as regulações regionais de vagas e o SUS. É necessário ter um time de gestão de acesso, fluxos desenhados, entendimento da capacidade instalada e priorização de leitos. Isso é plano, não é papo”, aconselhou Rippel durante a troca de experiências com o público presente.







Entre os outros assuntos e palestrantes do Simpósio, a enfermeira Mariana Salhab Dall Aqua Schweller, coordenadora do Núcleo de Qualidade e Segurança em Saúde (NQSS) do HC da Unicamp abordou os núcleos como indutores de qualificação profissional dos colaboradores e a farmacêutica Mayra Carvalho Ribeiro, também do NQSS, falou sobre a implementação de protocolos no hospital, como o sepse. Alan Johnes Marçal, do Hospital Municipal de Paulínia, abordou a importância das visitas e huddles multiprofissionais e Cláudia Matias apresentou os indicadores hospitalares do Hospital Vera Cruz, de Campinas.
A formação e qualificação para o trabalho multiprofissional com foco na qualidade e segurança assistenciais e como inserir a qualidade e segurança assistencial nos currículos de graduação e residência, com a médica Daniele Pompei Sacardo da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), Daniel Franci e o fisioterapeuta Marcelo Gustavo Pereira foram os temas da tarde. Audrey Rippel, Ana Carolina Braz Moitinho (NQSS) do HC da Unicamp e Fernanda Garcia Callegari, da Revitare, de Campinas, abordaram os caminhos possíveis para a qualificação profissional para atuação nos núcleos de qualidade e segurança do paciente e fecharam a programação do simpósio.
