Os residentes e pós-graduandos em fisioterapia hospitalar do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp e da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp realizaram no Hemocentro da Unicamp, no começo de agosto, a primeira edição de duas ações chamadas de Fisio que corre nas veias: doe sangue e Fisio que cura: seja um doador de medula.
De acordo com Marcelo Gustavo Pereira, fisioterapeuta responsável pela residência em fisioterapia hospitalar do HC da Unicamp, essa campanha é sobre prevenção, solidariedade e ação pró-ativa. O objetivo é inspirar outros cursos e instituições a multiplicarem gestos que salvam vidas. É transformar estatísticas em histórias reais de sobrevivência – onde um doador pode ser o elo que falta para alguém voltar a andar, respirar ou sonhar.
“Criamos essa ação porque acreditamos que o cuidado em saúde vai além da reabilitação. Queremos unir teoria e prática, levando nossa formação acadêmica para além dos muros da universidade. Por trás de cada gota de sangue ou cadastro de medula, há um futuro sendo reescrito”, disse Marcelo.






Felipe Patelli Beraldi possui sangue B negativo. Para o pós-graduando em fisioterapia hospitalar, doar sangue juntamente com os colegas de curso é estimulante e ajuda a diminuir o medo de quem nunca doou sangue ou teve alguma experiência ruim quando doou. “Sempre é importante fazer a doação de sangue e aqui no Hemocentro a coleta foi tranquila”, relatou Felipe.
Fernanda Alves é aluna da residência em fisioterapia hospitalar é já doou sangue em São Paulo. Ela divulgou a campanha de doação de sangue e medula entre seus familiares. “Quando a gente se mobiliza para a doação, a gente acaba mobilizando toda a comunidade e quem convive conosco. Minhas irmãs, que moram em São Paulo, se empolgaram e irão doar lá também”, revelou Fernanda.
“Diariamente, lidamos com pacientes e pessoas que dependem de transfusões de sangue para cirurgias, traumas ou tratamentos crônicos e de transplantes de medula para vencer doenças como leucemias. Doar sangue, realmente, salva vidas”, disse Isabela Santos, futura especialista em fisioterapia hospitalar, que já doava sangue na unidade do Mario Gatti.
Para Ivan Toro, cirurgião torácico do HC da Unicamp e docente responsável pela pós-graduação em fisioterapia hospitalar da FCM, estas ações demonstram uma empatia dos alunos da área de saúde em relação aos pacientes, principalmente na área de hemoterapia, que é fundamental no dia a dia de um hospital como HC da Unicamp.

“Acredito que é uma atitude que pode e deve ser estimulada para todos os nossos alunos, funcionários e docentes. Especificamente nos casos dos cursos de pós-graduação, isso aumenta o vínculo dos alunos com nossa universidade e com a sociedade que servimos”, finalizou Toro.