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Pé torto congênito

Dois em cada mil bebês podem nascer com pé torto congênito (PTC), de acordo com a Política Nacional de Atenção à Pessoa com Pé Torto Congênito do Ministério da Saúde. O pé torto congênito é uma alteração nos ligamentos, músculos, tendões e ossos do pé que ocorre durante a gestação e pode ser unilateral ou bilateral.

O ambulatório de Ortopedia do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp atende 10 crianças por semana com PTC. Por isso, o ambulatório realizou, no mês de julho, uma ação para orientar e divulgar que o pé torto infantil tem tratamento e que a criança que nasce com essa deformidade pode ser um adulto normal.

O diagnóstico é feito durante a gestação, por meio de ultrassonografias, a partir do primeiro trimestre. Entretanto, a confirmação da deformidade é feita após o nascimento, com a avaliação física do formato e flexibilidade do pé. 

“Todo ano fazemos essa ação de conscientização, principalmente com as mães. O tratamento não é fácil, mas o resultado é compensatório”, diz a enfermeira Gislaine Kikuti.

Pé torto congênito
Tratamento com gesso é o primeiro passo para a correção do pé torto congênito

O tratamento mais comum para o pé torto congênito envolve a manipulação suave do pé, seguida de aplicação de gessos seriados para corrigir a deformidade, gradualmente. O tratamento com gesso dura em média 60 dias. Em alguns casos, se necessário, é feito também procedimento cirúrgico chamado de tenotomia, que envolve o corte de um tendão.

Após o tratamento com gesso, a criança faz uso de órteses de Dennis Brown por três anos. Essa órtese é composta por sapatilhas e uma barra de regulagem. Ela ajuda a manter os pés em rotação externa, corrigindo a posição e evitando a volta da deformidade após o tratamento com gesso. 

“O tratamento precoce e adequado do pé torto congênito pode garantir que a criança tenha uma vida normal, com desenvolvimento físico e social saudáveis”, reforça Gislaine.

Crianças com pé torto congênito em tratamento no ambulatório de Ortopedia do HC
A enfermeira Gislaine Kikuti (em pé, de jaleco branco ao centro) e equipe com pacientes no ambulatório de Ortopedia do HC da Unicamp

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