O Gastrocentro da Unicamp realizou no mês de agosto um mutirão para investigação de Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa. Cerca de 40 pacientes da Gastroclínica, Proctologia e Medicina Interna do Hospital de Clínicas (HC), do ambulatório de gastro do Hospital Municipal Mario Gatti e de cidades atendidas pela Diretoria Regional de Saúde de Campinas (DRS-7) foram agendados previamente para esse mutirão.
De acordo com Cristiane Nagasako, médica gastroenterologista do Gastrocentro, o diagnóstico precoce da doença inflamatória intestinal é fundamental para iniciar o tratamento no momento certo, melhorando o prognóstico e evitando complicações como fístulas, estenoses e perfurações intestinais. A colonoscopia é o principal exame para identificar essas doenças.
“Com este mutirão, buscamos ampliar o acesso dos pacientes à colonoscopia, oferecendo mais agilidade no diagnóstico e possibilitando um tratamento rápido e eficaz”, disse Cristiane.
Para alguns dos pacientes atendidos durante o mutirão, o tempo de espera para esse exame chegou a 10 meses. Maria de Lourdes Lopes mora em Campinas e já é paciente do Gastrocentro há 20 anos, onde sempre faz acompanhamento para Doença de Crohn. Dessa vez, ela ficou surpresa com a rapidez em que foi chamada para a realização da colonoscopia.
“Quando eu comecei a tratar a suspeita era de câncer. Todo ano faço esse exame. A gente precisa saber logo o resultado para começar o tratamento”, disse Maria de Lourdes.
A coordenadora do Gastrocentro, Ilka Boin, disse que outros mutirões serão realizados ainda esse ano. Ela agradeceu a participação de médicos, enfermeiros e servidores que trabalharam pela saúde dos pacientes e, também, as emendas parlamentares que viabilizaram a realização do mutirão.
“Teremos mais um mutirão agora em setembro. Com os mutirões é possível quadruplicar os atendimentos e evitar futuras complicações com o diagnóstico precoce. Isso é muito bom para os pacientes e para o SUS”, disse Ilka.
O mutirão teve o apoio da superintendência do HC, da Diretoria Executiva da Área da Saúde (DEAS), de empresas privadas e de deputados estaduais e federais.
