O Gastrocentro da Unicamp realizou na sexta-feira (31/10), das 7 às 17 horas, mais um mutirão de colonoscopia diagnóstica e terapêutica para o câncer colorretal. Neste exame, é possível detectar pólipos, lesões de alto risco e tumores intestinais, além de realizar a ressecção endoscópica. Cerca de 55 pacientes da região de Campinas foram atendidos durante o mutirão.
A técnica de enfermagem do Hemocentro, Solange Meneses, veio acompanhar o marido Elcio, de 54 anos, que já estava aguardando há alguns meses o exame de colonoscopia. “Esse exame é muito importante porque identifica o problema no início. O Elcio já tirou um pólipo no ano passado que, se tivesse deixado, viraria um câncer”, contou Solange.
A médica gastroenterologista Cristiane Kibune Nagasako confirma que o diagnóstico precoce possibilita o tratamento curativo do câncer colorretal. “Além disso, na colonoscopia, é possível detectar e ressecar lesões precursoras que, futuramente, podem evoluir para câncer”, ressalta a especialista do Gastrocentro.

O câncer colorretal é o terceiro tumor que mais causa mortes e o segundo mais incidente em homens e mulheres por volta dos cinquenta anos, depois do câncer de próstata e mama. No Brasil, o câncer colorretal atinge mais de 40 mil pessoas por ano. Com o envelhecimento da população, estima-se que o número de mortalidade em virtude da doença aumente. “Os pacientes em que forem identificadas lesões de alto risco ou suspeita de neoplasia serão encaminhados para avaliação e manejo da equipe médica do Gastrocentro”, disse Cristiane.
A ação teve o apoio de deputadas e deputados estaduais e federais e empresas patrocinadoras que contribuíram para viabilizar a realização do mutirão de colonoscopia. “Esse apoio foi fundamental para ampliar o acesso ao diagnóstico e ao tratamento precoces, beneficiando a população e contribuindo para a prevenção do câncer colorretal”, disse a médica cirurgiã e coordenadora do Gastrocentro, Ilka Boin.

