Novo Hospital Ouro Verde amplia leitos na cidade

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Saúde José Gomes Temporão, o prefeito de Campinas Hélio de Oliveira Santos e o secretário municipal de Saúde José Francisco Kerr Saraiva inauguraram na tarde desta terça-feira, dia 10 de junho de 2008, o Complexo Hospitalar Ouro Verde, na região Sudoeste da cidade. Com uma área de construção civil de 22 mil metros quadrados, quando estiver na sua plena capacidade – a unidade começa a funcionar com 20% de sua capacidade -, o hospital Ouro Verde vai disponibilizar 219 leitos distribuídos em seis unidades de internação nas áreas de Saúde Mental, Reabilitação, Ortopedia, Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Pediatria e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) adulto e infantil. Também vai contar com um centro de captação de órgãos.

Mais de 3 mil pessoas compareceram à solenidade de inauguração, segundo a organização do evento. Entre a multidão, estavam secretários municipais e autoridades; representantes dos gestores e servidores da Saúde; integrantes dos conselhos de saúde; usuários e prestadores do SUS; representantes da sociedade civil organizada; autoridades militares e eclesiásticas, entre outras. O superintendente do HC, prof. Luiz Carlos Zeferino, o superintendente do HES, prof. Lair Zambon, o coordenador do Hospital-Dia da Unicamp, prof. Rogério de Jesus Pedro, o coordenador da UER prof. José Benedito Bortoto e o presidente da Associação Paulista de Medicina, o médico cirurgião Jorge Carlos Machado Curi estiveram no evento representando a Unicamp.

O complexo, que vai ficar sob gestão da Sociedade Paulista para o Desenvolvimento da Medicina/Universidade Federal Paulista (SPDM/Unifesp), vai ampliar em 25% a capacidade de internação pela rede pública municipal de saúde na cidade, passando de 858 leitos para 1.077 – este número não considera leitos sob gestão do Estado que, se somados, totalizam 1.706 leitos SUS. O investimento para colocar o complexo hospitalar em funcionamento foi de R$ 60 milhões – R$ 40 em obras e R$ 20 em equipamentos -, sendo R$ 40 milhões do Ministério da Saúde e R$ 20 milhões da Prefeitura. O custeio está previsto em torno de R$ 5 milhões por mês.

O complexo vai ampliar o atendimento e garantir maior acesso médico-hospitalar no município, beneficiando diretamente aproximadamente 400 mil habitantes das regiões Sudoeste, Noroeste e Sul, que constituem uma população totalmente SUS dependente. Além de minimizar o déficit na assistência pública hospitalar, o Ouro Verde vai sanar a desigualdade regional e garantir a eqüidade no município. E a unidade não vai funcionar isoladamente, mas integrada com os outros hospitais públicos e prontos-socorros e prontos atendimentos municipais.

“Campinas cresceu, está ficando mais velha, localiza-se num grande entroncamento rodoviário. Além disso, tem entre 100 e 150 pacientes em macas todos os dias e a Secretaria agora dá mais um passo para mudar este cenário. Este hospital também vem para capacitar profissionais do SUS. Vai realizar cerca de 800 cirurgias por mês. Agradeço ao presidente, ao ministro da Saúde, aos nossos parceiros, a todos trabalhadores do SUS. Muito obrigado Dr. Hélio”, falou emocionado o secretário de Saúde.

O presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, fez um discurso descontraído. “O hospital está novinho, de primeiríssima qualidade. Dá até vontade de ficar doente, os profissionais são jovens, bonitos, as camas novinhas”, brincou. Disse que é necessário cuidar do hospital como se cuida da própria saúde. Ele lembrou que é preciso aliar assistência com prevenção e recomendou que todos façam caminhada. Totalmente informatizado e com equipamentos de última geração, o Ouro Verde foi construído de acordo com conceitos de humanização no atendimento e acessibilidade e a partir dos mais avançados princípios ambientais e sanitários.

O hospital vai estar vinculado ao Pronto-Socorro e atuar integrado em rede com todo sistema de saúde público municipal. Vão ser realizadas internações de urgência e emergência e internações eletivas. Na primeira fase, prevista para ser concluída em 150 dias, serão implementados 120 leitos da seguinte maneira: inicialmente 30 leitos de clínica médica e 10 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto; depois, 10 de pediatria e 10 de UTI pediátrica; na seqüência, 30 leitos de clínica cirúrgica e 20 de ortopedia e o centro cirúrgico, com duas salas de urgência e cinco eletivas. Na seqüência, serão ativados mais 10 leitos de clínica médica.

Na conclusão desta fase, o hospital vai contar com uma equipe de 650 profissionais, que estão sendo contratados de forma gradativa, conforme ativação dos leitos. A expectativa é que, com estes primeiros 120 leitos acionados, o Pronto-Socorro do Ouro Verde tenha um aumento de 30% na demanda. O Complexo Hospitalar vai realizar, então, 700 internações por mês, 8,5 mil por ano. Quando a totalidade de leitos estiver em atividade, em 2009, a capacidade do Ouro Verde vai dobrar, atingindo 1,4 mil internações por mês, 17 mil por ano.

 

Caius Lucilius com Denize Assis (Prefeitura de Campinas) e Luiz Granzotto (fotos)
Assessoria de Imprensa do HC Unicamp